terça-feira, 14 de setembro de 2010

Funcionários do Procon-SP aprovam greve a partir de segunda-feira (Danuza Peixoto)

Guilherme Balza

Do UOL Noticias

Em São Paulo Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (14), trabalhadores do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (20). Ate lá, os funcionários prometem fazer operação padrão na sede do Procon e nos postos localizados nas unidades Sé, Santo Amaro e Itaquera do Poupatempo, todas na capital paulista.



Segundo Luiz Marcelo, presidente da Associação de Funcionários do Procon, havia 350 funcionários na assembleia de hoje, e a decisão pela greve foi unânime. A categoria exige que a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado --órgão a que a Fundação Procon é subordinada-- abra as negociações para discutir um aumento salarial para os trabalhadores, que, em razão da lei eleitoral, só passaria a valer em janeiro de 2011.



A categoria vem recebendo reajustes anuais baseados no percentual da inflação. Contudo, cálculo feito por um economista e um matemático que trabalham na fundação aponta que nos últimos 13 anos houve uma defasagem salarial de quase 37,5%, de acordo com Marcelo. Hoje, um técnico do Procon recebe cerca de R$ 1.500.



O presidente da associação diz que, de um ano para cá, 150 funcionários deixaram o Procon e não houve reposição. Atualmente, a fundação possui cerca de 500 servidores distribuídos nos três postos do Poupatempo da capital e na sede, localizada na Barra Funda (zona oeste). Em outras cidades, os funcionários não são vinculados ao governo do Estado, e sim às administrações municipais.



Marcelo afirma ainda que a secretaria não aprovou um plano de carreira elaborado pelos funcionários. “Em 2005, o doutor Marrey (Luiz Antonio Marrey, na época secretário de Justiça, atualmente ocupando a pasta da Casa Civil) pediu que elaborássemos um plano de carreira para que a gente pudesse resolver o problema do aumento salarial. Concluímos o plano em 2007, mas até agora ele não foi aprovado”, diz.



A reportagem do UOL Notícias entrou em contato com a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, mas ainda não obteve uma resposta.