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segunda-feira, 12 de maio de 2008
Com ou sem alianças, Marta disputa prefeitura de SP
Candidata petista ainda não formou nenhuma parceria
Kassab anuncia nesta 2ª adesão do PR à sua coligação
Alckmin diz à direção do tucanato que fechou com PTB
Nos subterrâneos, a ministra Marta Suplicy (Turismo) age como candidata. Já discutiu a conjuntura paulistana com Lula. Reúne-se com operadores do PT pelo menos uma vez por semana. Encontra-se em segredo com lideranças de outros partidos.
Em público, porém, Marta jamais declarou que vai disputar a prefeitura de São Paulo. Evita ser peremptória. Vale-se de meias palavras. Diz que, até junho, é ministra. Empurra a eliminação da dúvida para o meio do ano.
Nos últimos dias, às voltas com dificuldades para compor alianças com outros partidos, a candidatura não-declarada de Marta passou a ser assediada por uma especulação. Sem uma coligação que lhe ofereça um tempo confortável de propaganda na TV, a ministra poderia desistir de ir às urnas.
“Não há hipótese de isso acontecer”, disse ao repórter um dos petistas que negociam apoios em nome de Marta. “A candidatura dela é irreversível.” Para o PT, a eleição de São Paulo será uma disputa em dois turnos.
Escorado em números de pesquisas, o petismo avalia que, ainda que concorra sozinha, sem aliados, a ministra do Turismo vai ao segundo turno. Uma fase em que os dois candidatos finalistas disporão de tempo de propaganda igual. “O segundo turno é uma outra eleição”, afirma o negociador de Marta.
Nesta segunda-feira, para desassossego do PT, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que disputa a reeleição, anuncia a incorporação de um novo vagão à sua locomotiva partidária. Engancha-se à máquina eleitoral de Kassab o PR. Incorpora-se a uma composição que já inclui, além do DEM do candidato, o PMDB e o PV.
Todos os aliados de Kassab são, em Brasília, sócios do consórcio partidário de Lula. O que não os impediu de dar uma banana para o PT na cidade de São Paulo. Para complicar, também o PTB, outra legenda que dá suporte legislativo a Lula, vai aos braços da oposição.
Neste final de semana, o candidato tucano Geraldo Alckmin informou a integrantes da direção nacional do PSDB que já fechou com o PTB. O anúncio da parceria é ensaiado para os próximos dias. Sem alternativas à vista, Alckmin aceitou entregar o posto de vice na sua chapa a um petebista. Deve ser o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
Em movimentação sôfrega, o PT volta-se para as legendas do chamado “bloquinho de esquerda”: PSB, PC do B e PDT. São, por assim dizer, as últimas bolachas do pacote partidário de São Paulo. Exceto pelo PDT, que balança, PSB e PC do B mantêm, por ora, a resistência à composição com Marta.
Com o apoio de um José Serra (PSDB) escondido atrás de manto cada vez mais diáfano, o prefeito Kassab dá um baile nos concorrentes. Amealhou formidáveis 19 minutos de TV, para vender o seu peixe aos eleitores. Esse tempo está distribuído em dois blocos de 8 minutos e meio –um pela manhã e outro à noite.
Fechando com o PTB, Alckmin sobe dos atuais seis minutos diários para algo como dez minutos. Quanto a Marta, a menos que consiga adensar sua candidatura, vai à campanha com o menor tempo de propaganda: cerca de oito minutos.
Se conseguir resistir ao assédio do PT, o bloquinho pode pôr de pé uma candidatura com poucas chances eleitorais, mas com o mesmo potencial televisivo de Marta. Juntos, PSB, PC do B e PDT também dispõem de algo como oito minutos diários. Tempo que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), um ávido pré-candidato à prefeitura, tenta usufruir.
Sozinha, a propaganda de TV não ganha eleição. É preciso considerar o potencial do candidato, a mensagem dele e a qualidade das peças publicitárias. Mas não há dúvidas de que, cavalgando diariamente 19 minutos, o ‘demo’ Kassab, terceiro colocado nas pesquisas, pode fazer um estrago nos quintais de Marta e, principalmente, de Alckmin.
Segundo o último Datafolha, a petista e o tucano roçam cotovelos no topo. Ela em alta, com 29%. Ele em baixa, com 28%. Kassab, com seus 13%, vem muito atrás. Nesta fase da disputa, para firmar-se como candidato competitivo, tudo o que o prefeito precisava era assegurar um bom tempo de TV. Conseguiu. Com uma locomotiva de quatro vagões, Kassab entra na campanha em alta velocidade.
Escrito por Josias de Souza às 02h25
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Blog do Josias: PT pede socorro a Lula para montar coligação de SP
01/05/2008 - 06h01
A direção do PT pediu socorro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo que o presidente entre no jogo eleitoral paulistano para convencer os "aliados" de Brasília a integrar a coligação de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, informa o blog do Josias de Souza.
O partido argumentou que a entrada em cena do presidente é o único modo de o PT se contrapor à movimentação do governador tucano José Serra, empenhado em reeleger o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Depois de perder o PMDB para a campanha de Kassab, o PT vê cada vez mais distante uma composição com o PR, que também pende para um acerto com o DEM.
Na semana passada, o presidente estadual do PMDB, Orestes Quércia, anunciou um acordo para apoiar a reeleição do prefeito paulistano em troca do apoio da oposição em sua candidatura ao Senado, em 2010.
O PR era, depois de Quércia, a aposta que o partido de Lula considerava mais segura para apoiar Marta.
Por sua vez, o chamado bloquinho (PSB, PCdoB e PDT) não sabe se lança uma candidatura própria ou se acerta com a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A direção do PT pediu socorro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo que o presidente entre no jogo eleitoral paulistano para convencer os "aliados" de Brasília a integrar a coligação de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, informa o blog do Josias de Souza.
O partido argumentou que a entrada em cena do presidente é o único modo de o PT se contrapor à movimentação do governador tucano José Serra, empenhado em reeleger o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Depois de perder o PMDB para a campanha de Kassab, o PT vê cada vez mais distante uma composição com o PR, que também pende para um acerto com o DEM.
Na semana passada, o presidente estadual do PMDB, Orestes Quércia, anunciou um acordo para apoiar a reeleição do prefeito paulistano em troca do apoio da oposição em sua candidatura ao Senado, em 2010.
O PR era, depois de Quércia, a aposta que o partido de Lula considerava mais segura para apoiar Marta.
Por sua vez, o chamado bloquinho (PSB, PCdoB e PDT) não sabe se lança uma candidatura própria ou se acerta com a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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