quinta-feira, 23 de junho de 2011

Marcha para Jesus leva 5 milhões para as ruas de São Paulo

Por Redação - Rádio Gospel FM
Considerado o maior evento cristão e popular do mundo, neste ano o tema foi “A Marcha da Fé”.
Considerado o maior evento cristão e popular do mundo, neste ano o tema foi “A Marcha da Fé”.
Mais de 5 milhões de pessoas participaram da 19ª edição da Marcha para Jesus, que começou por volta das 10h desta quinta-feira (23/06) em São Paulo. Os participantes passaram pela avenida Santos Dumont e praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira. Todo o percurso foi interditado para o tráfego de veículos. Durante o dia, cerca de 35 bandas e grupos de música gospel se apresentaram na praça Campo de Bagatelle. Os shows devem prosseguiram até as 21h30. Considerado o maior evento cristão e popular do mundo, neste ano o tema foi “A Marcha da Fé”.
Evento oficial
A Marcha para Jesus faz parte do calendário oficial do País desde setembro de 2009, quando a Lei Federal 12.025 foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A 19ª Marcha para Jesus levou mais de 5 milhões às ruas de São Paulo
A 19ª Marcha para Jesus levou mais de 5 milhões às ruas de São Paulo
Em São Paulo, o evento conta com o apoio da prefeitura de São Paulo, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), SPTrans, São Paulo Turismo e Policia Militar.
A organização também disponibilizou um ambulatório com mais de 200 profissionais da área da saúde, divididos entre médicos e enfermeiros, que ficaram de plantão durante todo o evento.
Além disso, houve um local exclusivo para pessoas com deficiências físicas e auditivas.
Breve história da Marcha para Jesus
A primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987, em Londres (Inglaterra), e foi organizada pelo pastor Roger Foster, além dos compositores Graham Kendrick, Gerald Coates e Lynn Green. O propósito inicial era tirar a igreja cristã de dentro de “quatro paredes” e mostrar que estava viva e presente na sociedade.
Em 1989, mas de 45 cidades marcharam em todo o Reino Unido e também em Belfast (capital da Irlanda), onde seis mil católicos e protestantes se reuniram em um sinal visível da força do nome de Jesus Cristo. Naquele dia, 200 mil cristãos estiveram unidos em toda a nação, fato que voltou a se repetir em 1990 e 1991.
Em 1992, a Marcha para Jesus tornou-se um evento mundial de louvor e adoração a Deus, chegando à América Latina, Ásia e África. No ano de 1993, chegou ao Brasil, quando aconteceu a primeira edição do evento em São Paulo. Naquele ano, a Marcha saiu da Avenida Paulista, desceu a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e chegou ao Anhangabaú para a concentração.
Seis anos depois, cerca de 10 milhões de pessoas de mais de 170 países marcharam para celebrar o nome de Jesus Cristo. Cidadãos de diversas religiões, idade e raças saíram às ruas em países como Argentina, Canadá, Colômbia, Cuba, EUA, Finlândia, França, Itália, Japão, Moçambique, Rússia, entre outros.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Empresa nunca atuou junto a órgãos públicos, diz Palocci

Palocci e Dilma em foto de arquivo (Ag. Brasil)
Ministro não quer revelar clientes de sua consultoria para 'não expô-los'

O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, disse nesta sexta-feira em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que sua empresa, Projeto, não prestou consultoria para empresas privadas que tinham negócios com o setor público. 

“Quando uma empresa privada tinha negócio com o setor público, eu nunca dei consultoria num caso como esse. (…) Se a empresa tinha uma necessidade junto a um órgão público, ela tinha lá seu departamento ou a sua prestação de serviços para isso. Eu não fazia isso porque isso a lei não me permitia e eu tinha perfeita clareza do que a lei permitia ou não”, disse Palocci.

Foi a primeira declaração de Palocci à imprensa desde que a Folha de S.Paulo publicou, em 15 de maio, que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 nos últimos quatro anos, período em que exerceu mandato de deputado federal. Os ganhos teriam ocorrido por meio de atividades de consultoria prestadas pela empresa de Palocci, a Projeto.

Na entrevista, Palocci afirmou ainda que o faturamento de sua empresa foi informado aos órgãos de controle tributário da Prefeitura de São Paulo, cidade onde está registrada, e da Receita Federal.
“Todo o serviço prestado pela empresa foi feito a partir de emissão de notas fiscais regulares e todos os impostos foram recolhidos. Tratava-se de uma empresa privada, que prestava atividades privadas, que foi registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial de São Paulo. Portanto eu não tive uma atividade reservada, tive uma atividade pública.”
Faturamento e clientes
Ainda assim, Palocci não quis revelar o faturamento nem os clientes de sua empresa, dizendo não querer expô-los. “Não divulgo os nomes de empresas que são idôneas, renomadas em seus setores, porque, como há conflito político, eu me disponho a dialogar. Mas não posso expor contratos que tive com empresas privadas renomadas num ambiente de conflito político. Acho que não tenho o direito de fazê-lo.”
O ministro diz ter atuado como consultor nos setores de indústrias, bancos, serviços financeiros e mercado de capitais – áreas que, segundo ele, “pouco têm a ver, por exemplo, com obras públicas, com investimentos públicos”.
“São empresas que vivem da iniciativa privada e que consideraram útil o fato de eu ter sido ministro da Fazenda, de ter acumulado uma experiência na área econômica, de conhecer a área econômica. Depois que eu deixei o ministério, fiquei quatro meses respeitando a quarentena e só depois disso passei a prestar serviço de consultoria.”
Palocci disse ainda que encerrou as atividades de sua empresa em dezembro, um mês antes de assumir a Casa Civil, e que o alto rendimento de sua empresa naquele mês, noticiado pela Folha, se deveu ao pagamento por contratos em curso.
“Aqueles serviços prestados até aquele momento foram pagos naquele momento. Por isso que há uma arrecadação maior nesse final de ano, mas são contratos de serviços prestados. Hoje, por exemplo, a empresa não tem mais nenhum contrato, nenhuma arrecadação, nenhum valor.”
Também nesta sexta-feira, em entrevista à Folha, Palocci disse que não revelou à presidente Dilma Rousseff os clientes de sua empresa nem a natureza dos serviços que ela prestou.
"Não entrei em detalhes sobre os nomes dos clientes ou sobre os serviços prestados para cada um deles", disse.
Ele afirmou ainda que nunca escondeu suas atividades de consultor. "A empresa sempre esteve registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial, com sede e demais dados disponíveis para consulta de qualquer pessoa. Jornais e revistas chegaram a noticiar algumas das atividades que realizei como consultor", disse o ministro.

Desde a publicação da reportagem da Folha em maio, Palocci vem sendo pressionado a justificar o aumento de seu patrimônio. A oposição tem tentado aprovar convocações para que o ministro dê explicações ao Congresso sobre seu enriquecimento, mas a maioria governista tem conseguido barrar as tentativas.

Nos últimos dias, porém, alguns políticos aliados do governo, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e o presidente do PT no Rio Grande do Sul, Raul Pont, sugeriram que Palocci deixasse o cargo até que seu enriquecimento fosse esclarecido.