SÃO PAULO - A disputa pela indicação do PSDB para a pPrefeitura de São Paulo separou o tucanato paulista em dois campos: um, historicamente ligado ao governador José Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apóia a manutenção da aliança com o DEM e a reeleição do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM); e outro, ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin, que se lançou defendendo a tese de candidatura própria na capital. O mais importante aliado de Alckmin é o atual líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, que nunca esteve na esfera de influência de Serra e cuja eleição fez pender a disputa paulistana em favor de Alckmin. Curiosamente, a principal característica do grupo alckmista, que pretende controlar a prefeitura da capital, é que, à exceção de Aníbal, todos - inclusive Alckmin - têm seus redutos eleitorais no interior paulista. Alckmin é de Pindamonhangaba e os principais integrantes de sua tropa de choque são deputados que se elegem com votos do interior. Sílvio Torres foi eleito para a Câmara pela região de São José do Rio Pardo; Edson Aparecido teve a melhor votação proporcional em Tupã e na Alta Paulista; Duarte Nogueira e Júlio Semeghini obtiveram a maioria de seus votos em Ribeirão Preto. Na Assembléia, Pedro Tobias, mais votado do estado, foi eleito por Bauru. Do lado de Serra, as influências mais marcantes são Fernando Henrique, que defendeu publicamente a candidatura de Kassab, o vice-governador Alberto Goldman, o secretário Aloísio Nunes Ferreira e o secretário municipal Walter Feldman. Tucanos paulistas dizem que a candidatura de Alckmin tem sido estimulada a distância por dois tucanos não-paulistas. Um deles, o governador Aécio Neves, chegou a oferecer a agência MPM - que o assessora - para fazer a campanha do ex-governador. Recentemente, quando convencia um deputado mineiro a votar em Aníbal, na disputa da liderança do PSDB na Câmara, Aécio explicou que precisava "criar confusão em São Paulo". Criar confusão em São Paulo, no caso, significa criar complicadores para Serra, com quem disputa a indicação tucana para concorrer à Presidência em 2010. Aécio tem explorado o argumento de que um paulista não pode suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arrematando que, ao fim do atual mandato, serão 16 anos de governos comandados por políticos paulistas. E sugere que está na hora de "variar", argumento que é colado a sugestões de que o Brasil é "muito maior que São Paulo". Outro que discretamente estimula Alckmin a ser candidato é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Tucanos paulistas comentam que Tasso participa da articulação da aliança entre PSDB e PT para a prefeitura de Belo Horizonte. O escolhido deve ser o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, que é do PSB e foi secretário-executivo de Ciro Gomes no Ministério da Integração Nacional, de onde saiu por envolvimento com o mensalão. A indicação de Márcio, no entanto, seria o ensaio para uma chapa inédita em 2010 - Aécio e Ciro. Fonte: Tribuna da ImprensaControle remoto
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quinta-feira, 20 de março de 2008
Candidatura de Alckmin divide líderes tucanos
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