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Haddad: como o Cerra vai perder. O novo x o velho
Posted By redacao On 16 de abril de 2012 @ 22:00 In Brasil | 148 Comments
Neste curto século XXI já houve seis eleições.
O Padim Pade Cerra concorreu a cinco.
Agora ele quer ser prefeito de São Paulo.
Embora jamais tenha escrito um artigo, um ensaio, um livro sobre os problemas da cidade.
Sem esquecer que assinou um documento e disse na televisão que cumpriria o mandato de prefeito até o fim e, se não cumprisse, que jamais votassem nele.
Esses reflexões foram feitas, de forma serena e ponderada, por Fernando Hadadd, candidato à Prefeitura de São Paulo por indicação pessoal do Presidente Lula, no programa Entrevista Record Atualidade, que vai ser exibido nesta segunda feira, na Record News, às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro.
Haddad lembra que o compromisso escrito de Cerra equivalia à sua palavra.
Ele escreveu e portanto fez com que as pessoas acreditassem em que governaria a cidade até o fim do mandato.
E o homem público tem que ter palavra.
Rasgá-la, desmenti-la significa desonrar a própria atividade política, ele pondera.
O tempo dessa política já passou, disse o candidato do PT.
Haddad é candidato em nome de um programa de Governo – diz ele.
Governo do Lula e da Dilma.
Ele foi Ministro do Lula e da Dilma – que tem, os dois, uma aceitação popular de 80%.
Haddad se considera também candidato de uma geração nova de políticos, de uma nova maneira de governar.
E cita Cid Gomes (Ceará), Eduardo Campos (Pernambuco), Deda (Sergipe), Wagner (Bahia), Casagrande e Paulo Hartung (Espírito Santo), Cabral e Eduardo Paes, no Rio.
(Cerra é o último autoritário do Brasil. PHA)
Veja que cito nomes de diferentes partidos, como Cid e Eduardo, que são do PSB, e Cabral e Paes, do PMDB. Observou Haddad.
Haddad é de família de católicos e a primeira geração de imigrantes libaneses – o pai dele teve uma lojinha na rua de comércio popular 25 de março e não vai permitir que a campanha desça ao nível que Cerra conduziu em 2010 – com o aborto, a exploração da religiosidade de fachada.
Haddad quer trazer o Governo Lula e Dilma para São Paulo.
Por que o Rio, com metade do Orçamento de São Paulo, tem mais investimento público que São Paulo.
O Orçamento de São Paulo é de R$ 40 bilhões, quatro vezes o de Marta Suplicy – e não tem obras.
Em São Paulo, diz ele, o trabalhador e o empresário continuaram a investir e a inovar – o poder público, não.
São Paulo se afastou do Governo Federal.
E dá exemplos.
Por falta de projetos, a cidade de São Paulo não construiu 172 creches públicas que o Governo Federal poderia ter financiado.
Há três anos, a cidade de São Paulo não encontra um terreno para instalar uma Universidade Federal na Zona Leste.
Nem uma escola técnica na Brasilândia.
No Programa Minha Casa Minha Vida, a cidade de São Paulo é uma das que menos recebe investimentos.
Por que São Paulo não se inscreve no PAC da Mobilidade ?
O paulistano que mora na Cidade Tiradentes pode levar três horas para ir e três horas para voltar do trabalho.
Na gestão de Marta, em que Haddad trabalhou, foram construídos 70 km de corredores de ônibus.
Nos governos seguintes do Cerra (o Breve) e de seu vice, Kassab, não foi construído um único quilômetro.
Em 18 anos de governos tucanos em São Paulo (Estado), foram construídos 30 quilômetros de metro – com uma cratera e uma diretoria destituída por suspeita de corrupção.
Haddad quer ligar-se ao PAC da Mobilidade do Governo Federal e estabelecer metas associadas a construção da malha do metrô.
E reinventar a Companhia de Trânsito, que não exerce o papel de administrar a rotina, o dia a dia do que ele chama de “Apagão” do transporte de São Paulo.
Por que São Paulo não tem UPAs ?
E se os adversários suscitarem a questão do ENEM e suas irregularidades ?, peguntou o ansioso blogueiro
Haddad torce para que isso aconteça.
Primeiro, que as irregularidades não foram irregularidades, mas crimes.
Quem vazou a prova da gráfica da Folha pegou 25 anos de cadeia.
No Ceará, foi um professor de um cursinho, que está sendo processado criminalmente.
Não foram problemas do NEM.
O ENEM sofre o ataque feroz de muitas indústrias.
Primeiro, a indústria do vestibular, que movimentava uma fortuna.
E a do cursinho para o vestibular, uma indústria montada num poderoso lobby político.
O Brasil será o último pais do mundo a abolir o vestibular.
O último.
Por que demorou tanto ?
Por causa da poderosa indústria.
(Com o apoio irrestrito do PiG (*). PHA)
(Cabe lembrar que na administração (?) do Padim Pade Cerra, as universidades do Estado de São Paulo se recusaram a adotar o ENEM. Provavelmente serão as ultimas a fazê-lo, enquanto os tucanos governarem. A Mackenzie já se rendeu. PHA)
O ENEM só foi aplicado quando havia condições técnicas e logísticas.
Envolve entre quatro e cinco milhões de estudantes.
Só não é maior do que o da China.
Só o ENEM tornou possível dar acesso do pobre à universidade, através de mecanismos que Lula e Haddad instalaram.
O SiSu que seleciona estudantes para universidades e instituições públicas.
O ProUni, que já levou um milhão de estudantes para a universidade.
Desses, 100 mil na cidade de São Paulo.
E o FIES, sistema de financiamento do ensino superior.
Pouco antes de sair do Ministério da Educação, Haddad e a Presidenta Dilma reduziram dramaticamente as taxas de juros para os financiamentos no FIES.
Em três meses, o FIES realizou, este ano, 140 mil contratos de financiamento.
Entre SiSu, ProUni e FIES, este ano 440 mil estudantes entraram para a universidade, depois de passar pelo crivo do ENEM.
Em 2012, portanto, este ano poderá chegar a um milhão.
Diz Haddad: o que ocorre hoje no Brasil é uma revolução na Educação e ninguém valoriza.
(E não quer valorizar. Porque é uma radical democratização do Ensino Superior – em beneficio do pobre. PHA)
E o papel do Lula na campanha ?
Lula é o maior político que o Brasil já teve – ele respondeu.
Em tempo: os Brucutus de sempre espalham pela internet que Haddad não é paulistano. Ele nasceu na cidade de São Paulo, no dia do aniversario da cidade – 25 de janeiro -, na Vila Mariana e torce pelo São Paulo.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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