sábado, 21 de abril de 2012

Haddad: como o Cerra vai perder. O novo x o velho


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    Haddad: como o Cerra vai perder. O novo x o velho
    Posted By redacao On 16 de abril de 2012 @ 22:00 In Brasil | 148 Comments
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    Levará Cerra a Madre Superiora aos mineiros do Chile ?


    Neste curto século XXI já houve seis eleições.

    O Padim Pade Cerra concorreu a cinco.

    Agora ele quer ser prefeito de São Paulo.

    Embora jamais tenha escrito um artigo, um ensaio, um livro sobre os problemas da cidade.

    Sem esquecer que assinou um documento e disse na televisão que cumpriria o mandato de prefeito até o fim e, se não cumprisse, que jamais votassem nele.

    Esses reflexões foram feitas, de forma serena e ponderada, por Fernando Hadadd, candidato à Prefeitura de São Paulo por indicação pessoal do Presidente Lula, no programa Entrevista Record Atualidade, que vai ser exibido nesta segunda feira, na Record News, às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro.

    Haddad lembra que o compromisso escrito de Cerra equivalia à sua palavra.

    Ele escreveu e portanto fez com que as pessoas acreditassem em que governaria a cidade até o fim do mandato.

    E o homem público tem que ter palavra.

    Rasgá-la, desmenti-la significa desonrar a própria atividade política, ele pondera.

    O tempo dessa política já passou, disse o candidato do PT.

    Haddad é candidato em nome de um programa de Governo – diz ele.

    Governo do Lula e da Dilma.

    Ele foi Ministro do Lula e da Dilma – que tem, os dois, uma aceitação popular de 80%.

    Haddad se considera também candidato de uma geração nova de políticos, de uma nova maneira de governar.

    E cita Cid Gomes (Ceará), Eduardo Campos (Pernambuco), Deda (Sergipe), Wagner (Bahia), Casagrande e Paulo Hartung (Espírito Santo), Cabral e Eduardo Paes, no Rio.

    (Cerra é o último autoritário do Brasil. PHA)

    Veja que cito nomes de diferentes partidos, como Cid e Eduardo, que são do PSB, e Cabral e Paes, do PMDB. Observou Haddad.

    Haddad é de família de católicos e a primeira geração de imigrantes libaneses – o pai dele teve uma lojinha na rua de comércio popular 25 de março e não vai permitir que a campanha desça ao nível que Cerra conduziu em 2010 – com o aborto, a exploração da religiosidade de fachada.

    Haddad quer trazer o Governo Lula e Dilma para São Paulo.

    Por que o Rio, com metade do Orçamento de São Paulo, tem mais investimento público que São Paulo.

    O Orçamento de São Paulo é de R$ 40 bilhões, quatro vezes o de Marta Suplicy – e não tem obras. 

    Em São Paulo, diz ele, o trabalhador e o empresário continuaram a investir e a inovar – o poder público, não.

    São Paulo se afastou do Governo Federal.

    E dá exemplos.

    Por falta de projetos, a cidade de São Paulo não construiu 172 creches públicas que o Governo Federal poderia ter financiado.

    Há três anos, a cidade de São Paulo não encontra um terreno para instalar uma Universidade Federal na Zona Leste.

    Nem uma escola técnica na Brasilândia.

    No Programa Minha Casa Minha Vida, a cidade de São Paulo é uma das que menos recebe investimentos.

    Por que São Paulo não se inscreve no PAC da Mobilidade ?

    O paulistano que mora na Cidade Tiradentes pode levar três horas para ir e três horas para voltar do trabalho.

    Na gestão de Marta, em que Haddad trabalhou, foram construídos 70 km de corredores de ônibus.

    Nos governos seguintes do Cerra (o Breve) e de seu vice, Kassab, não foi construído um único quilômetro.

    Em 18 anos de governos tucanos em São Paulo (Estado), foram construídos 30 quilômetros de metro – com uma cratera e uma diretoria destituída por suspeita de corrupção.

    Haddad quer ligar-se ao PAC da Mobilidade do Governo Federal e estabelecer metas associadas a construção da malha do metrô.

    E reinventar a Companhia de Trânsito, que não exerce o papel de administrar a rotina, o dia a dia  do que ele chama de “Apagão” do transporte de São Paulo.

    Por que São Paulo não tem UPAs ?

    E se os adversários suscitarem a questão do ENEM e suas irregularidades ?, peguntou o ansioso blogueiro

    Haddad torce para que isso aconteça.

    Primeiro, que as irregularidades não foram irregularidades, mas crimes.

    Quem vazou a prova da gráfica da Folha pegou 25 anos de cadeia.

    No Ceará, foi um professor de um cursinho, que está sendo processado criminalmente.

    Não foram problemas do NEM.

    O ENEM sofre o ataque feroz de muitas indústrias.

    Primeiro, a indústria do vestibular, que movimentava uma fortuna.

    E a do cursinho para o vestibular, uma indústria montada num poderoso lobby político.

    O Brasil será o último pais do mundo a abolir o vestibular.

    O último.

    Por que demorou tanto ?

    Por causa da poderosa indústria. 

    (Com o apoio irrestrito do PiG (*). PHA)

    (Cabe lembrar que na administração (?) do Padim Pade Cerra, as universidades do Estado de São Paulo se recusaram a adotar o ENEM. Provavelmente serão as ultimas a fazê-lo, enquanto os tucanos governarem. A Mackenzie já se rendeu. PHA)

    O ENEM só foi aplicado quando havia condições técnicas e logísticas.

    Envolve entre quatro e cinco milhões de estudantes.

    Só não é maior do que o da China.

    Só o ENEM tornou possível dar acesso do pobre à universidade, através de mecanismos que Lula e Haddad instalaram.

    O SiSu que seleciona estudantes para universidades e instituições públicas.

    O ProUni, que já levou um milhão de estudantes para a universidade.

    Desses, 100 mil na cidade de São Paulo.

    E o FIES, sistema de financiamento do ensino superior.

    Pouco antes de sair do Ministério da Educação, Haddad e a Presidenta Dilma reduziram dramaticamente as taxas de juros para os financiamentos no FIES.

    Em três meses, o FIES realizou, este ano, 140 mil contratos de financiamento.

    Entre SiSu, ProUni e FIES, este ano 440 mil estudantes entraram para a universidade, depois de passar pelo crivo do ENEM.

    Em 2012, portanto, este ano poderá chegar a um milhão.

    Diz Haddad: o que ocorre hoje no Brasil é uma revolução na Educação e ninguém valoriza.

    (E não quer valorizar. Porque é uma radical democratização do Ensino Superior – em beneficio do pobre. PHA)

    E o papel do Lula na campanha ?

    Lula é o maior político que o Brasil já teve – ele respondeu.

    Em tempo: os Brucutus de sempre espalham pela internet que Haddad não é paulistano. Ele nasceu na cidade de São Paulo, no dia do aniversario da cidade – 25 de janeiro -, na Vila Mariana e torce pelo São Paulo.
    Clique na imagem para assistir ao vídeo da entrevista


    Paulo Henrique Amorim


    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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