quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Donato recompensou quadrilha com cargos na gestão Haddad, diz fiscal


Em depoimento ao Ministério Público Estadual, o auditor Eduardo Horle Barcellos disse que tanto seu cargo quanto o de Ronilson Rodrigues foram garantidos após mesada em campanha; ele, porém, nega que o ex-chefe de Governo sabia a procedência do dinheiro


14 de novembro de 2013 | 2h 06

  • Artur Rodrigues, Bruno Ribeiro, Fabio Leite e Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo
O auditor Eduardo Horle Barcellos afirmou, em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), que tanto sua permanência quanto a do fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues na gestão Fernando Haddad (PT) foram uma recompensa pelas remessas de dinheiro feitas ao então vereador Antonio Donato, ex-secretário de Governo. Ele também afirmou que Rodrigues fazia pagamentos ao vereador Aurélio Miguel (PR).

Após o depoimento prestado anteontem por Barcellos, o promotor Roberto Bodini pretende ouvir Donato no decorrer das investigações, mas ainda sem data definida. Ele quer ouvir também o secretário de Finanças da gestão Gilberto Kassab (PSD), Mauro Ricardo, que era chefe dos fiscais que operavam o esquema de recebimento de propinas, a quem Bodini chamou de, "no mínimo, omisso", por não investigar o grupo.
"Ele (Barcellos) fala que essa (permanência no governo) era a intenção dele em colaborar com a campanha. Fala que, colaborando, poderia pedir um favor em um eventual governo. E qual era o favor? Era ser designado para um local da escolha dele. Eles escolheram os cargos. Ele queria sair da arrecadação, depois pediu para ir para a isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para aposentados", afirmou Bodini.
Rodrigues assumiu a direção de Finanças da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura que gerencia o Bilhete Único, movimentando R$ 6 milhões por dia.
Barcellos, no entanto, afirmou que Donato não tinha ciência da origem do dinheiro que recebia. "Ele nega categoricamente que o Donato tinha ciência do esquema, nega que foi passado para o Donato que aquele dinheiro vinha da propina", disse Bodini. "Esse pagamento aconteceu no mesmo período da investigação. Pode ser doação de campanha? Pode. Mas, em face da coincidência, terei de inquiri-lo", afirmou o promotor.
O ex-secretário de Governo será ouvido na condição de testemunha e, "por enquanto", Bodini não quebrará seus sigilos.
Omissão. Sobre Mauro Ricardo, Barcellos disse também que apenas Rodrigues tinha acesso direto ao ex-secretário. O auditor ouvido também negou saber se Kassab pudesse ter alguma ligação com o caso. "Se nem com o secretário tinha contato, quem dirá com o prefeito", disse o promotor.
Segundo Bodini, é um "escândalo" a quantidade de envelopes de dinheiro que circulava na Secretaria de Finanças na gestão de Mauro Ricardo. O ex-secretário recomendou o arquivamento de uma investigação contra a quadrilha dois dias antes de deixar o cargo, em dezembro passado - sugestão seguida pela atual gestão, que depois abriu outra investigação.
Ricardo disse que está com a "consciência tranquila". "Ele (Bodini) está investigando há sete meses e declarou que não encontrou nenhuma relação dessas pessoas comigo. Se tivesse encontrado, já teria sido noticiado", disse. Ele afirmou que prestará esclarecimentos à Prefeitura e ao MP se for chamado.
Donato afirmou, por meio de sua assessoria, que não recebeu dinheiro e que colabora com as investigações. Ele também disse que já prestou depoimento voluntariamente à Controladoria-Geral do Município.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Fiscais cobravam propina na prefeitura de SP desde 2002, afirma investigado

Josias de Souza
Foto: Ag. CNJ
Foto: Ag. CNJ
Em gravação feita no primeiro semestre de 2013, o auditor fiscal Luís Alexandre Cardoso de Magalhães afirma que começou em 2002 o esquema de cobrança de propinas flagrado na prefeitura de São Paulo. Ele é um dos fiscais encrencados na investigação. Ficou preso durante cinco. Firmou um acordo de colaboração com o Ministério Público. E deixou a cadeia há uma semana. O audio da gravação soou na noite deste domingo (10) em reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo. Luís Eduardo diz a dois de seus comparsas que fez uma escrituração das fraudes. Coisa minuciosa. “Tem o número, contribuinte, tudo bonitinho. Só que eu tenho isso desde 2002.” Realça que as mordidas da quadrilha não se restringiram ao ISS. “Vai entrar o IPTU também. Vai todo mundo!” Até aqui, imaginava-se que a quadrilha começara a agir em 2006. Confirmando-se o teor da fita, a máfia terá atuado em quatro administrações. Em 2002, governava a cidade de São Paulo o PT. A prefeita era Marta Suplicy. Fernando Haddad era chefe de gabinete da secretaria municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. Deixou o posto no 2003. Sobrevieram José Serra (PSDB), que governou a cidade de janeiro de 2005 a março de 2006; e Gilberto Kassab (ex-DEM, hoje PSD), que ocupou a cadeira de prefeito por seis anos, até 2012. Inaugurada em janeiro de 2013, a gestão Haddad (PT) conviveu com as fraudes por quase dez meses. Foi o próprio Luís Alexandre quem fez a gravação, apreendida pela polícia no período em que ele esteve preso. O fiscal gravou uma conversa com os parceiros de quadrilha Carlos Di Lallo e Ronilson Bezerra. Deu-se num bar do bairro paulistano do Tatuapé. Luís Alexandre estava abespinhado. Descobrira que a quadrilha estava sob investigação e que Ronilson, apontado como chefe do esquema, ficara de fora. Por isso fez a gravação. O áudio vazou em ritmo de conta-gotas. O primeiro trecho viera à luz na semana passada. Nesse pedaço, o fiscal soa como se ameaçasse Ronilson. Luís Alexandre: Eu, o Lalllo e o [Eduardo] Barcellos não vamos pagar o pato nessa porra toda. Eu te dei muito dinheiro. Te dei muito dinheiro. Ronilson: Você sabe por que que você me deu dinheiro? Você sabe por quê? Porque eu te deixei lá. Luís Alexandre: Isso. Estão está todo mundo junto. Ninguém vai mexer no meu patrimônio, tá? Porque ser bandido também é difícil e eu vou preservar o meu emprego. Ronilson: Nós temos que padronizar o discurso. Os novos trechos da gravação revelaram que Luís Alexandre apimentou as ameaças. A certa altura, ele e Carlos Di Lallo recordam a Ronilson que o grupo não mordera apenas a arrecadação do ISS, mas também a do IPTU. Como que antevendo o acordo que firmaria com o Ministério Público, Luís Alexandre deixa claro que, desmascarado, revelaria tudo. Carlos Di Lallo: Todos esses anos, nós levamos dinheiro, quem pagou o pato? Luís Alexandre: O Habite-se! Carlos Di Lallo: O Habite-se! Não pegaram o IPTU. O IPTU não pegaram. Luís Alexandre: Mas eu faço pegar! Eu faço pegar! A gente fez um monte de coisa no IPTU. Foi nesse ponto que Luís Alexandre revelou ter feito uma escrituração do roubo iniciado em 2002. Manteve o timbre de ameaça: “Vocês não queriam relatório igual empresa? Não tinha que fazer um relatório, mostrar? Relatório! Tem o número, contribuinte, tudo bonitinho. Só que eu tenho isso desde 2002. Então, tem que citar só o ISS? Vai entrar o IPTU também. Vai todo mundo!” Ao longo da conversa, Luís Alexandre citou o nome de outro auditor fiscal: Leonardo Leal Dias da Silva. Vem a ser o diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança. Ele sabia da investigação que havia sido aberta na Controladoria da prefeitura. Chamando-o de Léo, Luís Alexandre dá a entender que recebeu dele informações sobre a trovoada que estava por cair: “Léo falou para mim: ‘Ó, é melhor você coordenar o teu imposto de renda, tudo bonitinho, que o cara vai vir pra cima de vocês. Não tenho dúvida’!” Encostado contra a parede, Ronilson refuta a suspeita dos colegas de que ele teria sido excluído das investigações por dedurado o esquema. Para afastar as dúvidas, diz que chamará outros quatro personagens: Eduardo Barcellos, fiscal que também passou pela prisão na semana passada; o próprio Leonardo Leal; Douglas Amato, atual subsecretário de Finanças da prefeitura; e o petista Antonio Donato, secretário de Governo da gestão Fernando Haddad. “Nós vamos trazer Barcellos”, diz Ronilson na gravação. “E nós vamos trazer o Léo junto. Léo e o Douglas aqui. E vamos trazer Donato também. Eu tô com vocês, onde vocês quiserem. Pra provar essa porra toda.” Procurada, a prefeitura manifestou-se por meio de nota. Informou que Leonardo Leal foi afastado da diretoria do Departamento de Arrecadação na última sexta-feira. Quanto a Douglas Amato e Antonio Donato, a prefeitura considera que não há indícios do envolvimento deles no esquema de desvios. Informou-se, de resto, que a Controladoria abriu uma investigação sobre as fraudes no IPTU.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Desvio de dinheiro na Prefeitura de São Paulo pode ser de meio bilhão de reais
por
Fernando Duarte
Publicada em 31/10/2013 00:01:00
Autoridades públicas da gestão do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), se apressaram em assegurar a não participação do ex-chefe do Executivo e de ex-secretários municipais da Fazenda, entre eles o atual titular da pasta em Salvador, Mauro Ricardo Costa.
O escândalo de desvio estimado de R$ 500 milhões em ISS da capital paulista tornou-se público após a operação Necator (uma espécie de parasita) ser deflagrada pelo Ministério Público. A ação, realizada ontem, terminou com a prisão de quatro servidores públicos, identificados por Kassab como “técnicos, funcionários de carreira”, sem ingerência política dele para indicação.
Por meio de nota, o secretário da Fazenda de Salvador lamentou as supostas irregularidades praticadas por funcionários da Secretaria de Finanças de São Paulo. De acordo com Mauro Ricardo, “com relação às notícias veiculadas na imprensa acerca de supostas irregularidades, venho a lamentar que tais fatos, caso sejam comprovados, tenham sido praticados por servidores públicos municipais concursados”.
Segundo informações, foram presos o ex-subsecretário da Receita Municipal paulistana, Ronilson Bezerra Rodrigues, o diretor de arrecadação do mesmo órgão, Eduardo Barcelos, ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis, Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral, e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso de Magalhães. Os funcionários são acusados de integrar uma quadrilha que recebia propina de grandes construtoras para o fornecimento de certidões de quitação de ISS sem o pagamento do que era devido – estima-se que 50% do valor das dívidas era pago ao grupo, que atuava num escritório a 300 metros da sede do órgão, batizado de “ninho”.
Também por meio de nota, Kassab reiterou a atuação dele na prefeitura e demonstrou confiança em seus ex-auxiliares da Fazenda. “Durante a gestão, o ex-prefeito de São Paulo deu total autonomia aos secretários de Estado para montar as suas respectivas equipes e tem certeza que todos se colocarão à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas existentes”, apontou.
Mauro Ricardo sinalizou não ter ciência do escândalo que movimentou comprovadamente R$ 200 milhões ao longo de três anos.
 “O Ministério Público de São Paulo tem todas as condições de elucidar o ocorrido e apresentar a denúncia à Justiça, a quem cabe julgar os fatos. Não tenho qualquer envolvimento com tais denúncias e espero que a Justiça cumpra o seu papel de investigar e punir os eventuais responsáveis”, defendeu-se o secretário da Fazenda soteropolitano, que assumiu o posto após deixar a mesma função em São Paulo.

domingo, 3 de março de 2013

Por reeleição, Alckmin evita embate com Dilma e petistas


Governador paulista não busca confronto com a popularidade da presidente e mantém relação que rendeu promessas de grandes investimentos para o Estado

02 de março de 2013
22h 04

Newsletter

Bruno Boghossian, de O Estado de S.Paulo

Há uma semana, quando líderes do PSDB orquestraram discursos, palestras e vídeos para atacar a comemoração do PT por seus dez anos no governo federal, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) sorriu ao ser confrontado com o assunto e se esquivou, com um ditado típico do interior: "Em festa de jacu, inhambu não pia".



Alckmin é um inhambu em um ninho de tucanos que tentam reforçar a polarização com o PT, com o objetivo de desalojar o partido da Presidência nas próximas eleições. Com uma cautela que visa a preservar sua própria reeleição, o paulista evita choques com a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) e mantém estável uma relação que rendeu promessas de investimentos vultosos para seu Estado.



Diferentemente de seus aliados, Alckmin tem sido um cabo eleitoral discreto para o PSDB na pré-campanha presidencial. Apesar de apoiar o nome de Aécio Neves, rechaça publicamente a antecipação do debate eleitoral e poupa disparos contra o PT de Dilma.



Seus auxiliares afirmam que ele pretende adiar um embate partidário com a presidente para manter aberta a torneira de convênios e investimentos federais, como os repasses para o Rodoanel, para o Ferroanel e para o Minha Casa, Minha Vida. Só para a habitação popular, há previsão de que R$ 6,15 bilhões saiam dos cofres federais para São Paulo.



Alckmin tem se mostrado um parceiro da União mais frequente que seu antecessor, José Serra (PSDB). Desde que os petistas assumiram a Presidência da República, em 2003, a participação do Estado nos convênios com o governo federal despencou.



No fim da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governo paulista recebeu 20,3% do valor distribuído aos Estados em convênios. Em 2010, último ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Serra conseguiu captar apenas 6,3% desse bolo.



Alckmin retomou parcerias: no governo Dilma, São Paulo elevou para 9,2% sua participação do volume distribuído.



Segundo aliados, investimentos conjuntos serão apresentados como trunfo do governador na campanha pela reeleição.



A postura de Alckmin diante da popularidade de Dilma e dos bilhões de reais prometidos pelo governo federal é tão amigável que seus auxiliares diretos já admitem que o embate entre PSDB e PT em São Paulo na próxima eleição pode ser suave.



Reservadamente, tucanos acreditam que as urnas serão abertas com uma proporção significativa de votos "Dilmin" - Dilma para presidente e Alckmin para governador. O apelido é uma adaptação dos fenômenos mineiros "Lulécio" (Lula para presidente e Aécio para governador, em 2006) e "Dilmasia" (Dilma para presidente e o tucano Antonio Anastasia para go

Por reeleição, Alckmin evita embate com Dilma e petistas


Governador paulista não busca confronto com a popularidade da presidente e mantém relação que rendeu promessas de grandes investimentos para o Estado

02 de março de 2013
22h 04

Notícia

A+ A- Assine a Newsletter Bruno Boghossian, de O Estado de S.Paulo

Há uma semana, quando líderes do PSDB orquestraram discursos, palestras e vídeos para atacar a comemoração do PT por seus dez anos no governo federal, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) sorriu ao ser confrontado com o assunto e se esquivou, com um ditado típico do interior: "Em festa de jacu, inhambu não pia".



Veja também:

Dilma diz que aliança com PMDB terá 'longa vida' e volta a atacar a oposição

'Brasil precisa mais de uma presidente do que de uma candidata', diz Aécio





Alckmin é um inhambu em um ninho de tucanos que tentam reforçar a polarização com o PT, com o objetivo de desalojar o partido da Presidência nas próximas eleições. Com uma cautela que visa a preservar sua própria reeleição, o paulista evita choques com a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) e mantém estável uma relação que rendeu promessas de investimentos vultosos para seu Estado.



Diferentemente de seus aliados, Alckmin tem sido um cabo eleitoral discreto para o PSDB na pré-campanha presidencial. Apesar de apoiar o nome de Aécio Neves, rechaça publicamente a antecipação do debate eleitoral e poupa disparos contra o PT de Dilma.



Seus auxiliares afirmam que ele pretende adiar um embate partidário com a presidente para manter aberta a torneira de convênios e investimentos federais, como os repasses para o Rodoanel, para o Ferroanel e para o Minha Casa, Minha Vida. Só para a habitação popular, há previsão de que R$ 6,15 bilhões saiam dos cofres federais para São Paulo.



Alckmin tem se mostrado um parceiro da União mais frequente que seu antecessor, José Serra (PSDB). Desde que os petistas assumiram a Presidência da República, em 2003, a participação do Estado nos convênios com o governo federal despencou.



No fim da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governo paulista recebeu 20,3% do valor distribuído aos Estados em convênios. Em 2010, último ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Serra conseguiu captar apenas 6,3% desse bolo.



Alckmin retomou parcerias: no governo Dilma, São Paulo elevou para 9,2% sua participação do volume distribuído.



Segundo aliados, investimentos conjuntos serão apresentados como trunfo do governador na campanha pela reeleição.



A postura de Alckmin diante da popularidade de Dilma e dos bilhões de reais prometidos pelo governo federal é tão amigável que seus auxiliares diretos já admitem que o embate entre PSDB e PT em São Paulo na próxima eleição pode ser suave.



Reservadamente, tucanos acreditam que as urnas serão abertas com uma proporção significativa de votos "Dilmin" - Dilma para presidente e Alckmin para governador. O apelido é uma adaptação dos fenômenos mineiros "Lulécio" (Lula para presidente e Aécio para governador, em 2006) e "Dilmasia" (Dilma para presidente e o tucano Antonio Anastasia para go

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Pecados capitais dão bicampeonato à Mocidade Alegre

Escola conquista seu 8º título no Carnaval de São Paulo

Marcos Bezerra

SÃO PAULO - Se em 2012 a conquista do título foi manchada pela confusão na apuração, este ano a Mocidade Alegre pode comemorar com entusiasmo o bicampeonato.



A escola conquistou o 8º título de sua história, após apuração na tarde desta terça-feira (12), no Sambódromo do Anhembi.



A disputa foi definida no critério de desempate, que era enredo. No fim, Mocidade e Rosas de Ouro terminaram com 268,9 pontos. Mas por ter recebido cinco notas 10 neste quesito, melhor para a escola da zona norte de São Paulo.



O terceiro lugar ficou com a Águia de Ouro (268,7). Dragões da Real (268,5) e Império de Casa Verde (268,5) ficaram na sequência. Elas completam o quinteto de escolas do Grupo Especial que voltam ao Anhembi na próxima sexta-feira (15) para o Desfile das Campeãs.



Mancha Verde (267,6) e Unidos de Vila Maria (267,5) tiveram as piores notas e estão rebaixadas para o Grupo de Acesso em 2014.



"Eu só orei. A vitória vem da luta, a luta vem da força e a força da união. Eu não sei o que falar", disse Solange Bechara, presidente da Mocidade Alegre.



O desfile



No sábado (9), a Mocidade Alegre mostrou porque era uma das favoritas ao bicampeonato. Falando sobre as “tentações”, a escola da zona norte evoluiu de forma impecável no Anhembi e abusou da irreverência.



O enredo, “A sedução me fez provar, me entregar à tentação... da versão original, qual será o final?”, permitiu muitas brincadeiras, com direito a Chapeuzinho Vermelho “periguete” em uma ala. O seu desenvolvimento, por sinal, agradou ao público.



Além da Chapeuzinho Vermelho, outros clássicos foram reinventados. Havia Robin Hood que roubava os pobres e Branca de Neve malvada. Os sete anões eram sete ladrões, por exemplo.



Houve encenações também dos sete pecados capitais, castigo para os pecadores e, por fim, um pedido de muita felicidade e paz mundial.



As cores foram muito bem exploradas pelo carnavalesco Sidnei França. Em determinados momentos, com a avenida toda tomada pela escola, cada ala vinha em uma cor diferente, um contraste bem elaborado e que surtiu o efeito desejado.



A Bateria do Mestre Sombra ousou com uma paradona de cerca de 20 segundos por duas vezes, da metade para o fim da apresentação. Neste momento, o público delirou e cantou a letra do samba com força.



Ponto forte da Mocidade Alegre nos últimos anos, a Porta-Bandeira Adriana Gomes desfalcou a escola da zona norte. No ano passado, a passista sofreu acidente em um elevador que despencou e rompeu os ligamentos do joelho.



Foi bem substituída por Karina, ex-X 9 Paulistana por 15 anos e que formou o casal com o tarimbado mestre-sala Emerson.



Segurança



Após o traumático fim da apuração do Carnaval 2012, quando supostos integrantes de escolas invadiram o palco e rasgaram as notas, a segurança foi totalmente reforçada para a apuração deste ano. Cada escola pôde levar apenas 10 convidados para acompanhar a apuração dentro do Sambódromo. Torcedores foram proibidos de entrar e havia um forte esquema de segurança, incluindo revista em todas as pessoas presentes.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Alegorias de Rosas, Vai-Vai e Dragões marcam 1º dia de desfile de SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


As alegorias das escolas de samba Rosas de Ouro, Vai-Vai e Dragões da Real foram os grandes destaques da primeira noite do Carnaval de São Paulo. Outras escolas ainda tiveram que enfrentar adversidades, como um princípio de incêndio no abre-alas da Mancha Verde e o atraso de um minuto do tempo máximo da Águia de Ouro.



Veja a cobertura completa do Carnaval

Está pulando o Carnaval? Mande seu relato!

Veja os sambas-enredo das escolas de São Paulo

Alegoria da Mancha tem princípio de incêndio no Anhembi

Escola Vai-Vai encerra desfile no último minuto

Carros gigantes marcam desfile da Rosas de Ouro

Sem homenageada, Acadêmicos do Tatuapé abre desfile

Com desfile morno, Mancha Verde homenageia Mário Lago



Com um carro abre-alas de 32 metros, a escola Acadêmicos do Tatuapé abriu o Carnaval de São Paulo na noite de sexta-feira (8). Apesar da previsão do tempo pessimista, o desfile da escola terminou sem chuvas.



Entretanto, a homenageada pelo enredo da escola, Beth Carvalho, não foi à festa porque fez uma cirurgia na coluna e não recebeu autorização médica para desfilar. Para substituir a conhecida Madrinha do Samba, a sobrinha dela, Lu Carvalho, desfilou como destaque no último carro da escola.



Musas do Carnaval de SP Ver em tamanho maior »AnteriorPróximaLeo Franco/AgNews

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Próxima Ana Hickmann no desfile da Vai Vai no sambódromo do Anhembi, em São Paulo A Rosas de Ouro, segunda escola a passar pela avenida no primeiro dia de Carnaval de São Paulo, trouxe as festas de diferentes países para o Anhembi na madrugada deste sábado (9). Os destaques da festa foram os carros gigantes e coloridos.



O carro da festa mexicana Dia dos Mortos --comemorada no dia 2 de novembro-- encantou o público da avenida, com flores e detalhes coloridos. Os componentes do carro apareceram ainda com os rostos pintados como caveiras, símbolo tradicional da festa. Flores de plástico também enfeitaram toda a alegoria.



A Mancha Verde foi a terceira escola a se apresentar no sambódromo do Anhembi. Com o tema "Mário Lago - um homem do século 20", a escola não conseguiu agitar a torcida na arquibancada.



A torcida alviverde levou uma faixa com o dizer "São Marcos é eterno" e sinalizadores para animar os membros da escola, mas o desfile esfriou e o destaque ficou para os carros alegóricos. A segunda parte do desfile mostrou o lado boêmio do artista. A alegoria reproduziu a região da Lapa, no Rio de Janeiro, um dos principais locais de inspiração de Mário Lago, que começou a beber cedo.



Quarta a desfilar, a Vai-Vai foi a quarta escola a passar pela avenida. O uso da tecnologia foi um dos destaques da escola do Bixiga. A festa terminou na pressa, em cima da hora, com exatamente 65 minutos de desfile, tempo máximo permitido.



Uma das grandes surpresas que a Vai-Vai reservou para o público do Anhembi foi o cheiro de uva. O aroma da fruta era exalado pelo primeiro carro da agremiação. A terceira alegoria fez a tradicional pisada da uva, que transforma o fruto em bebida. Rainhas e princesas da festa do vinho de diferentes regiões do país eram os destaques do carro.



A X-9 Paulistana, entrou na avenida na madrugada deste sábado (9) com uma rainha de bateria barriguda. Rosemeire Rocha mostrou muito samba no pé, mesmo grávida de oito meses. "Quando soube que estava grávida, propus para a escola não desfilar. Mas fomos conversando e chegamos aqui", disse a musa, que desfila pela agremiação pela segunda vez.



A grande aposta da escola foi a comissão de frente, onde os 14 integrantes entraram na avenida vestidos com um globo terrestre acoplado em um eixo, que girou no corpo dos sambistas.



A Dragões da Real deu azar e começou o desfile debaixo de chuva na madrugada deste sábado (9). A escola levou para a avenida o enredo "Dragão, guardião real, mostra seu poder e soberania na corte do Carnaval".



Entretanto, duas alegorias foram o grande destaque da agremiação. Um dos carros tinha um dragão chinês com cerca de 15 metros de altura e chegou bem próximo dos postes de iluminação do sambódromo de São Paulo. A agremiação também lembrou algumas histórias de ficção com dragões, como "Harry Potter", "Dragon Ball" e "Caverna do Dragão", que ganhou um carro alegórico.



Última a desfilar, a Águia de Ouro, que contou a história do sambista João Nogueira, estourou o tempo máximo de 65 minutos que cada escola pode ficar na passarela e deve perder ao menos um ponto. Cinthia Santos, madrinha de bateria da agremiação, ainda perdeu uma das asas de sua fantasia no meio do desfile, o que também pode prejudicar a escola.



Entretanto, a Águia abusou no tamanho dos carros para contar a trajetória de João Nogueira. O abre-alas, com anjos e querubins anunciou a chegada do homenageado, com o enredo "Minha Missão, o Canto do povo". A escola levou 26 alas com 3.200 componentes para alegrar o bom público que ainda permanecia nas arquibancadas.



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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Haddad e Dilma anunciam construção de universidade federal na zona leste de SP


O Estado de S. Paulo No dia do aniversário de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff participa da cerimônia..



O Estado de S. Paulo





No dia do aniversário de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff participa da cerimônia de entrega de 300 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e de 84 ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município em Itaquera, na zona leste. O governo federal elaborou agendas para mostrar estreitamento de parcerias entre governo federal e a Prefeitura.







Na parte da manhã, estava previsto um encontro de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.







Acompanhe os principais trechos do evento:







18h11: Dilma alfinetou a oposição. Disse que governos anteriores viam com maus olhos políticas assistencialistas e programas de moradia popular - bandeiras da gestão do PT na Presidência. "Era considerado um absurdo. Coisa que só passava na cabeça de gente que não tinha responsabilidade. Queria dizer que é ao contrário: gente com responsabilidade tem que ver que sua população não pode morar em favelas", disse.







18h07: "Um País como o Brasil não pode abrir mão de assegurar para sua população condições adequadas de vida. Teve uma época em nosso País que falar em moradia popular era muito mal visto", afirmou a presidente.







18h02: Dilma afirmou que, no que depender de seu governo, todos os brasileiros que não têm casa própria vão ter uma.







17h58: A presidente Dilma Rousseff toma a palavra e faz elogios ao prefeito Fernando Haddad (PT). "Queria cumprimentar esse prefeito que foi meu companheiro de governo na gestão do presidente Lula e que depois foi meu ministro. E que fez um grande trabalho à frente do Ministério de Educação (MEC).







17h42: Discursa o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP).







17h36: "Esse é o primeiro passo nessa parceria", disse Padilha em referência ao trabalho conjunto que a União e a Prefeitura pretendem firmar durante a gestão do PT em SP.







17h29: Fala o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele destaca a importância dos investimentos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).







17h27: O ministro de Educação, Aloizio Mercadante, tomou a palavra.




17h26: O prefeito assinou um ofício que encaminhará para a Câmara concedendo terrenos municipais na zona leste da capital para a construção de mais um campus do Instituto Federal de Educação e de outro campus da Universidade Federal de São Paulo.



17h20: Haddad elogiou o pronunciamento da presidente Dilma feito na última quarta-feira para anunciar a redução das taxas de energia elétrica. Na avaliação da oposição, Dilma fez uso político do discurso que fez em cadeia nacional de rádio e TV para defender sua reeleição.




17h19: O prefeito Fernando Haddad (PT) iniciou o discurso para anunciar a entrega de 300 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.



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No aniversário da cidade, Dilma exalta 'trabalho e esforço' de moradores de SP



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Haddad define 16 ações emergenciais antienchentes


Ideia é unificar gestão e fazer serviços a cada 15 dias; a ênfase ficará para os 132 pontos da capital paulista que mais alagam


02 de janeiro de 2013 | 23h

  • Bruno Paes Manso de O Estado de S. Paulo

No primeiro dia de trabalho, o prefeito Fernando Haddad se reuniu com secretários para tratar de medidas de emergência no combate a enchentes. Foram definidas 16 ações voltadas para o aperfeiçoamento do plano de contingência já existente na cidade de São Paulo. “São medidas que já podem ser feitas imediatamente com os recursos previstos no orçamento”, disse.
Além disso, cumprindo a promessa feita durante a campanha eleitoral, Haddad afirmou que a primeira medida tomada ao sentar na cadeira de prefeito foi a criação de um grupo para localizar terrenos para abrigar três hospitais e 172 creches que ainda não foram construídos por falta de área. Segundo Haddad, a cada 30 dias serão enviados relatórios de áreas públicas ou privadas a serem desapropriadas ou se tornarem de utilidade pública.
Entre as 16 medidas acordadas na reunião, a primeira busca coordenar os trabalhos de limpeza de boca-de-lobo e dos ramais que recebem as águas das chuvas, feitas por empresas diferentes em secretarias distintas, que pouco conversam entre si.
A ideia é unificar a gestão e fazer os serviços serem desempenhados a cada 15 dias, em vez de bimestralmente. A ênfase, segundo o prefeito, será dada nos 132 pontos mapeados na cidade onde os alagamentos são mais recorrentes.
Outra medida é a colocação de contêineres em bairros e ruas onde a produção de lixo é mais elevada, como ocorre em pontos comerciais de Brás, Santa Ifigênia e Pari. “São lugares onde a quantidade de lixo jogada nas ruas é maior. O uso de contêineres é mais eficaz e por isso se pode ajudar a evitar alagamento desses locais”, disse Haddad.
O prefeito também solicitou a instalação de novos ecopontos, usados para a destinação de entulho, considerado um dos principais causadores dos alagamentos mais pontuais. Ainda serão monitorados pelos novos subprefeitos os pontos irregulares de despejo.
Áreas de risco. Antes de assumir o cargo, Haddad pediu aos secretários de pastas relacionadas à prevenção de enchentes que no primeiro dia de administração levassem à reunião soluções práticas e rápidas para o período de fortes chuvas. Foi apresentado pelos presentes uma oferta que já havia sido feita na gestão passada pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP), mas que, segundo o prefeito, ainda não havia sido colocada em prática. Trata-se de um contrato em que se coloca à disposição o serviço de geólogos para o monitoramento das áreas de risco. A tarefa é estimada em R$ 400 mil. “Vamos solicitar ao IPT profissionais à disposição para que o trabalho comece imediatamente”, disse o prefeito.
Segundo dados da Prefeitura, existem atualmente 417 áreas de risco na cidade. Dessas, 93 são de altíssimo risco. Os geólogos do IPT monitorariam diariamente essas áreas de alto risco.
O acompanhamento das demais áreas de risco seria feito por moradores dessas áreas treinados para avisar técnicos da Prefeitura de que a região tem risco de sofrer enchentes. Segundo o prefeito, havia 400 grupos que realizavam esse monitoramento, total que atualmente se reduziu a 193. “Queremos voltar a monitorar todas”, disse Haddad.