Haddad anuncia Passe Livre para estudantes de São Paulo
atualizado em 26 de Dezembro de 2014 às 22h30
O prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), confirmou por meio de seu perfil no Twitter na tarde desta
sexta-feira que deverá instituir o Passe Livre para estudantes de escola
pública e universitários do Prouni, Fies e cotistas raciais.
A liberação do Passe Livre pela prefeitura surge no
mesmo momento que a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo devem
aumentar a tarifa para Metrô, CPTM e ônibus municipais e
intermunicipais, conforme entrevista do governador Geraldo Alckmin
(PSDB) ao canal Globo News.
Alckmin afirmou que é natural um aumento, uma vez que em
2013 e 2014 não teve alterações nas tarifas de ônibus. O tucano ainda
afirma que o valor deve ficar abaixo da inflação. O aumento deve
acontecer no começo de 2015, a partir de 6 de janeiro, e pode custar
entre R$ 3,40 e R$ 3,50 ante os atuais R$ 3,00.
Sem entrar em detalhes, o tucano também afirmou que
estuda a liberação do Passe Livre para estudantes da rede estadual de
ensino.
Movimento Passe Livre
O aumento da passagem foi o principal tema das manifestações em 2013. Encabeçados pelo Movimento Passe Livre (MPL), milhões de pessoas foram às ruas contra o aumento de R$ 0,20 às vésperas da Copa das Confederações no Brasil, durante o mês de junho.
O aumento da passagem foi o principal tema das manifestações em 2013. Encabeçados pelo Movimento Passe Livre (MPL), milhões de pessoas foram às ruas contra o aumento de R$ 0,20 às vésperas da Copa das Confederações no Brasil, durante o mês de junho.
Na época, as passagens de ônibus, metrô e trem da cidade
de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa
anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a
administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação
acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$
3,40.
No dia 19 de junho de 2013, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos
preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O
preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de
ter sido reajustado para R$ 5.
As manifestações de junho foram marcadas por frase como
“vem pra rua”, “o gigante acordou” e “não são pelos R$ 0,20”. Ainda
tivera, outras reclamações como melhorias em hospitais e educação, em
frases como “queremos hospital padrão Fifa”.
A mobilização ainda ultrapassou as fronteiras do País e
ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações
foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e
repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados
pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e
América Latina.
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