sexta-feira, 31 de agosto de 2012



Ibope: Haddad, 16%, aproxima-se de Serra, 20%

Saíram do forno novos números do Ibope sobre a disputa de São Paulo. O ex-azarão Celso Russomanno (PRB) mantem-se no topo da pesquisa, com 31%. Bem abaixo, José Serra (PSDB), com 20%, e Fernando Haddad, com 16%, medem forcas pela segunda colocação.
Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos –para o alto ou para cima— Serra pode ter de 17% a 23%. E Haddad, de 13% a 19%. Significa dizer que a dupla encontra-se tecnicamente empatada.
Na véspera, o Datafolha divulgara números próximos. Atribuíra a Russomanno os mesmos 31% captados pelo Ibope. A Serra, 22% e a Haddad, 14%. Também nessa sondagem, a margem de erro é de três pontos.
Ouvido antes da veiculação das pesquisas Serra atribuiu a crescenterejeição que inspira no eleitorado ao fato de os opositores martelarem que, se eleito, abandonará novamente a prefeitura, como fez em 2006.
“…Isso está sendo explorado pelos adversários. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, dizendo que vou sair de novo, para ser candidato a presidente ou governador.”
A parcela do eleitorado que torce o nariz para Serra foi de 38% para 43%, segundo o Datafolha. A suspeita de nova deserção decerto ajuda a compor a encrenca. Mas rejeição desse tamanho parece insinuar algo mais profundo. Serra talvez seja vítima de um fenômeno que os aviadores chamam de “fadiga de material.”

Russomano lidera, Serra cai 5 e Haddad sobe Josias de Souza


Para surpresa de tucanos e petistas, o azarão Celso Russomanno (PRB) mantém-se na liderança doDatafolha. Mais que isso: decorridos sete dias do início da propaganda na tevê, Russomano tornou-se líder isolado da sondagem, com 31%. José Serra (PSDB), antes empatado tecnicamente com ele, caiu cinco pontos –de 27% para 22%. Fernando Haddad (PT) subiu seis pontos – de 8% para 14%. Com isso, descolou-se do pelotão de retardatários, consolidando-se na terceira posição.

A subida de Haddad, agora empurrado por Lula na tevê e no rádio, era esperada. O que surpreende é a resistência de Russomanno. Surpreende ainda mais a rapidez com que Serra perde intenções de voto. Conforme já comentado aqui na semana passada, o desafio do tucano agora é o de evitar o vexame de não passar ao segundo turno da eleição.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

São Paulo (19%) é a terceira dentre as capitais que mais fuma, superada por Porto Alegre (23%) e por Curitiba (20%). Teresina aparece com 15%.



Profissionais da saúde são capacitados no combate ao fumo

Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Sesapi faz treinamento
Criado em 1986 pela Lei Federal nº. 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. No Piauí, a data está sendo lembrada nesta quarta e quinta-feira (30) com um treinamento de abordagem intensiva e tratamento do tabagismo, no auditório do HEMOPI.
Profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos de todo o Piauí participam de várias atividades que serão desenvolvidas por técnicos e especialistas através de palestras, aulas dinâmicas e elaborações de tarefas específicas de combate ao fumo.
A campanha deste ano, organizada no estado pela Coordenação de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso e a Supervisão Estadual do Programa de Controle do Tabagismo trás o tema: “Fumar: faz mal para você, faz mal para o planeta”.
“Este treinamento é uma forma de comemorar esta data mostrando aos nossos servidores da Sesapi e do Piauí que a cada dia é preciso se reciclar a ponto de receber novos aprendizados na técnica de abordagem aos dependentes do tabaco”, destaca Célia Oliveira, supervisora.

Diversos temas serão abordados durante a capacitação, como a importância de perceber o tabagismo como dependência, além das estratégias para um ambiente livre de fumo, as bases de abordagem do tratamento do fumante, o apoio medicamentoso, dentre outros.
“O fumo é tido hoje como um grave problema de saúde pública, por isso a Sesapi faz esse elo com os municípios a fim de oferecer após estes treinamentos um serviço satisfatório a nossa população”, frisou Danilo Aragão, coordenador estadual de Atenção a Saúde do Adulto e do Idoso.
“Sempre realizamos atividades na área de dependentes do cigarro e agora já estamos no quarto grupo, cada grupo possui uma média de 15 pessoas que passam por um tratamento de 10 semanas e deste total, apenas duas ou três pessoas desistem do tratamento. Isso nos estimula e mostra a eficiência desta parceria”, explica a assistente social Sime Fontenele, assistência social da cidade de Piracuruca. Lá, as atividades são desenvolvidas no Centro de Apoio Psicossocial.
Números - O Brasil vem sofrendo gradativamente queda do número de fumantes, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). A redução chegou a 14,8% em 2011. Com relação as capitais, as que mais fuma são são Porto Alegre (23%), Curitiba (20%) e São Paulo (19%). Teresina aparece com 15%.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Butantan prepara testes de vacina contra dengue

Expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País
Publicado em 28/8/2012 às 14h27
Agência Estado
O Instituto Butantan espera iniciar em um mês em São Paulo os testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País.
O imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos.
— Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos seis meses seguintes. 
Kalil explica que a terceira fase será aleatória, com testes cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em experimentações que vão durar outros seis meses.
— Depois disso, se tudo ocorrer como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior aprovação.
No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o momento têm sido parciais — o medicamento mostrou capacidade para proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença.
Caso seja aprovada, a vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Butantan prepara testes de vacina contra dengue

Expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País
Publicado em 28/8/2012 às 14h27
Agência Estado
O Instituto Butantan espera iniciar em um mês em São Paulo os testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País.
O imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos.
— Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos seis meses seguintes. 
Kalil explica que a terceira fase será aleatória, com testes cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em experimentações que vão durar outros seis meses.
— Depois disso, se tudo ocorrer como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior aprovação.
No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o momento têm sido parciais — o medicamento mostrou capacidade para proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença.
Caso seja aprovada, a vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 26 de agosto de 2012


2 19h43

Fernando Haddad é 




entrevistado pelo 




SPTV



Veja entrevista com o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
Candidatos falaram ao programa ao longo da semana.


G1 SP

O candidato à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado ao vivo neste sábado (25) no SPTV pelo apresentador Carlos Tramontina.
Na segunda (20), o entrevistado foi Paulinho da Força (PDT), na terça-feira, José Serra (PSDB), na quarta, Gabriel Chalita (PMDB), na quinta-feira, Soninha Francine (PPS) e na sexta-feira (24), Celso Russomanno (PRB). Fernando Haddad (PT) fecha as entrevistas neste sábado (25).
A ordem da série de entrevistas foi definida em sorteio.
Veja acima a íntegra, em vídeo, da entrevista com Fernando Haddad. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
Carlos Tramontina: Boa noite, candidato.
Fernando Haddad: Boa noite, Tramontina.
Carlos Tramontina: Durante 30 anos, Paulo Maluf foi adversário do seu partido. Maluf é acusado de desviar dinheiro dos cofres da Prefeitura e se ele sair do país pode ser preso pela Polícia Internacional. O PT sempre criticou as políticas de Maluf. Agora, ao aliar-se com ele de certa forma não mostra-se conivente com tais práticas.

Fernando Haddad: Tramontina, muito boa noite. Boa noite aos telespectadores da Rede Globo. Na verdade, uma coisa não tem nada a ver com a outra. O PP é um partido progressista que apoia o governo Lula desde 2004, inclusive, está à frente do Ministério das Cidades, que é um ministério muito importante para as políticas públicas que eu quero implementar na cidade de São Paulo. Transporte público, corredores, habitação, saneamento básico. Apoia também o governo Alckmin, está desde a eleição do Alckmin em 2010 no governo do estado, o Partido Progressista. Então apoio dos partidos da base do governo Dilma nós queremos, porque nós queremos uma grande coalisão de apoio na cidade de São Paulo. Agora, eu te dizer que apesar de estar na minha eleição eu estou há 11 anos na vida pública. Eu participei da administração da prefeita Marta, do presidente Lula e presidente Dilma. E nesses 11 anos, seis e meio, dos quais à frente do ministério que tem o dobro do orçamento da cidade de São Paulo, você não vai ver na minha biografia nenhuma insinuação a respeito de conduta ética e lisura com recursos públicos.

Carlos Tramontina: O senhor tem dito que se for prefeito vai usar o dinheiro do governo federal e recursos da Prefeitura para construir 150 mil vagas nas creches da cidade. Nos seis anos e meio que o senhor foi ministro da Educação, o senhor não pode ajudar contribuindo para abrigar pelo menos uma parte das crianças de São Paulo?
Fernando Haddad: Infelizmente, Tramontina, a Prefeitura recusou R$ 250 milhões que nós queríamos investir na construção de creches públicas na cidade de São Paulo. Eu sou o ministro que mais ampliou o acesso à educação infantil da história do Brasil. Em 2000, o atendimento à creche era de 9%. Eu entreguei o ministério com 23% de atendimento, 80% na pré-escola.
Carlos Tramontina: A Prefeitura disse que tentou, sim, esses recursos federais, mas a burocracia impediu. Faltou boa vontade do governo?
Fernando Haddad: Três mil prefeitos conseguiram. Prefeitos do PSDB, do DEM, do PPS. Será que três mil prefeitos, alguns de cidades com 50 mil habitantes, 100 mil habitantes... Uma cidade com 11 milhões de habitantes. Na verdade, faltou competência da Prefeitura.

Carlos Tramontina: Eu queria falar com o senhor sobre taxas porque quando o senhor trabalhou na gestão Marta o senhor apoiou a criação de taxas polêmicas: a taxa do lixo, a taxa da iluminação. Atualmente o senhor diz que é contra a criação de novas taxas. O que mudou?
Fernando Haddad: Mais do que isso, Tramontina, mudou a arrecadação. Hoje, o prefeito Kassab arrecada três vezes mais do que a prefeita Marta arrecadava. Eu me comprometi a acabar com a taxa de inspeção veicular. Eu acho um papa-níquel absurdo que está sendo feito. Um carro que acabou de sair da concessionária e dentro do prazo de garantia ter de passar por inspeção veicular. Agora, eu fiz um trabalho tão bom na secretaria de finanças que o meu chefe, o secretário de finanças, foi convidado pelo Serra para o seu secretariado quando ele foi eleito prefeito de São Paulo antes de ter renunciado ao mandato.

Carlos Tramontina: Agora, durante a gestão Marta ainda, o senhor participou da mudança da Lei Orgânica do município que reduziu investimento direto em educação. O ensino da cidade não saiu prejudicado?
Fernando Haddad: Nós aumentamos de 30% para 31% a vinculação com educação na época da Marta e eu fui o ministro que mais ampliou o orçamento do Ministério da Educação em toda a história do país. O orçamento do Ministério da Educação simplesmente triplicou nos seis anos que eu estive à frente do ministério. Eu tenho a honra de ostentar esse recorde, de ter sido o ministro que mais investiu em educação da creche até a pós-graduação, sem queimar etapas.
Carlos Tramontina: O senhor criticou muito o comportamento da Polícia Militar no episódio da Cracolândia. O senhor disse que foi uma atuação desastrada e que faltou atendimento para os doentes. O que o senhor faria diferente?
Fernando Haddad: Eu atuaria conjuntamente: repressão ao narcotraficante, mas a população usuária nós temos que dar assistência social e assistência à saude. O que aconteceu na cidade de São Paulo foi que nós espalhamos o crack por todos os bairros e isso não vai acontecer na minha gestão.
Carlos Tramontina: O senhor tem ainda candidato 20 segundos para concluir seu raciocínio.

Fernando Haddad: Olha, fico muito agradecido pela oportunidade que o SPTV nos dá e eu convido a todos a assistir ao nosso programa eleitoral gratuito onde nós estamos fazendo propostas concretas, dentre as quais o bilhete único mensal, que vai conviver com o bilhete único atual, que é de três horas, mas vai permitir ao usuário, com tarifa única mensal, usar indefinidamente durante todo o mês o transporte público de São Paulo. 

Carlos Tramontina:
 Obrigado candidato pela presença no estúdio do SPTV. Muito boa noite.
Fernando Haddad: Boa noite.
 
veja também

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


PT aposta em TV para levar Haddad ao 2º turno

Agência Estado


Com o início da propaganda eleitoral de rádio e TV, a cúpula do PT vê grandes chances de associação da imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "colar" no candidato do partido em São Paulo, Fernando Haddad, e finalmente fazer a candidatura deslanchar. Na avaliação dos dirigentes petistas, o vínculo com Lula vai fazê-lo crescer nas pesquisas de intenção de voto e colocá-lo no segundo turno. No entanto, com o empate do tucano José Serra com o candidato do PRB, Celso Russomanno, os caciques do partido questionam agora quem será o adversário de Haddad após 7 de outubro. "Nossa dúvida é quem vai com ele (Haddad) para o segundo turno", afirmou o presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão.
A cúpula do PT se reuniu nesta tarde com o ex-presidente Lula para uma avaliação positiva da perspectiva de crescimento de Haddad a partir da propaganda eleitoral gratuita. "A situação dele é muito favorável", resumiu Falcão. Na avaliação do presidente nacional do PT, Haddad pode crescer "em cima" do eleitorado que hoje declara voto a Russomanno, pode ainda roubar votos do tucano e ainda pode conquistar os votos dos indecisos.
Já o dirigente estadual da sigla, deputado Edinho Silva, acredita que Haddad vai para o segundo turno com "imensas condições de vitória". "A candidatura do Haddad é extremamente viável", analisou Edinho.
Haddad terá ainda nesta semana uma agenda de campanha ao lado de seu padrinho político, ex-presidente Lula. Na quarta-feira, Haddad participará de um jantar com a comunidade judaica e na sexta-feira será recebido num jantar com a comunidade árabe. Nos dois eventos, segundo Haddad, Lula o apresentará para esses setores. A coordenação da campanha de Haddad ainda avalia a possibilidade de fazer eventos externos com Lula. "Semana que vem talvez estejamos juntos, estávamos vendo", revelou o candidato, referindo-se a uma possível carreata com Lula.
Segundo Haddad, cinco dos 19 programas roteirizados pela equipe do marqueteiro João Santana já estão prontos, sendo que, pelo menos, três desses programas já foram vistos e aprovados pelo ex-presidente. "Ele viu e achou muito bom", contou o petista.
S


Martinelli resgata seu rosa original dos anos 1930

Na colher do pedreiro, a massa fresca é tão rosa quanto a do fim da década de 1920, quando o Edifício Martinelli...

Na colher do pedreiro, a massa fresca é tão rosa quanto a do fim da década de 1920, quando o Edifício Martinelli estava sendo erguido. "A diferença é que, na época, a coloração vinha de um tipo de cimento europeu. Hoje, utilizamos argamassa pigmentada", explica o conservador e restaurador Antonio Sarasá. Desde 2008, ele comanda o trabalho de recuperação do histórico arranha-céu de 130 metros de altura, um dos símbolos da cidade.
O restauro era necessário. E não só porque, com o passar dos anos, o Martinelli foi desbotando pelo tempo, pelas chuvas, pela poluição. Para um senhor prédio de quase 80 anos - apesar de inaugurado em 1929, ele só foi concluído em 1934 -, perder o brilho não era o maior problema. "Havia infiltração no telhado, janelas deterioradas, pisos soltos e sem cor...", enumera Sarasá.
A administração do prédio entendeu que uma intervenção era necessária. Começou então uma verdadeira obsessão por conter os gastos, para que fosse possível bancar a recuperação. "Começamos a economizar energia e água. Tudo para fazer caixa", explica o supervisor de manutenção do edifício, Nivaldo Peixoto Júnior. Em 2003, a conta mensal de água girava em torno de R$ 41 mil. Hoje, não passa de R$ 32 mil.
A obra começou em 2008, pela parte estrutural. "Só há poucos meses passamos a mexer na fachada. Então o trabalho se tornou visível a quem passa em frente", diz Sarasá. Até agora, R$ 1,5 milhão já foram investidos. E o rosa voltou mais vivo entre os andares 22 e 26. Também foi feito um trabalho de eliminação de pragas. "O prédio estava infestado", conta Sérgio Magno, químico responsável pelo serviço.
O Martinelli teve sua fase áurea até 1945. Na época, o então maior prédio de São Paulo tinha salões de dança, cinema, hotel e restaurante. Entre 1945 e o fim da década de 1970, o luxo deu lugar à decadência. O que era um classudo hotel se transformou em hospedaria de alta rotatividade. O endereço também abrigou bares, boates e um espaço de entretenimento adulto - misto de cabaré e cassino. Com o passar dos anos, o prédio se transformou em cortiço. Em 1975, a Prefeitura desapropriou o Martinelli e começou a restaurá-lo. Reinaugurados em 1979, seus andares foram locados a órgãos públicos e empresas privadas.
Imaginário. Mesmo com altos e baixos, o gigante rosa jamais perdeu seu espaço no imaginário dos paulistanos. Em 1995, o escritor Marcos Rey (1925-1999) lançou O Último Mamífero do Martinelli, em que narra a história fictícia de um sujeito que se esconde nas obras do prédio.

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sábado, 18 de agosto de 2012


Cúpula do PSDB avalia Serra vive ‘inferno astral’


Dirigentes do PSDB passaram a enxergar o cenário eleitoral de São Paulo com um misto de perplexidade e pessimismo. Disseminou-se na legenda a avaliação de que a candidatura de José Serra à prefeitura paulistana está sitiada por indicadores que prenunciam mau agouro.
Na definição de um tucano que se diz “amigo” e “torcedor” de Serra, o candidato atravessa “um inferno astral.” A quatro dias do início da propaganda eleitoral da tevê, arrosta adversidades que “nem os seus piores inimigos imaginavam que enfrentaria.”
Deve-se a perplexidade do tucanato ao desempenho de Celso Russomanno (PRB), um rival insuspeitado. No esboço que o PSDB fizera da disputa, a campanha chegaria à fase televisiva num cenário mais nítido. Imaginou-se que, a essa altura, as pesquisas refletiriam a reedição da velha polarização entre tucanos e petistas.
Nesse enredo, Serra lideraria as sondagens com folga. Beneficiado pela superexposição da campanha presidencial de 2010, roçaria os 40%. Enxergaria no retrovisor um Fernando Haddad já acima dos 15%, a caminho do terço do eleitorado que habitualmente vota no PT.
Nada parecido com a atmosfera insinuada nas últimas pesquisas e reiterada pelos números do Ibope divulgados nesta quinta (16). Além de amargar um empate em 26% com o azarão Russomanno, Serra lida com um lote de adversidades que desafiam o setor de marketing do seu comitê.
O percentual de eleitores que o rejeitam (37% segundo o Ibope) supera em 11 pontos a taxa dos que revelam a disposição de votar nele. Na interpretação do “amigo” tucano, a aversão ao candidato é potencializada por dois fatores. Adicionou-se à má fama adquirida por ter abandonado o mandato de prefeito conquistado em 2004 o apoio tóxico de Gilberto Kassab, um gestor mal avaliado.
Nessa versão, a companhia de Kassab pendurou no pescoço de Serra a âncora de uma administração que a maioria dos paulistanos deseja sepultar. Em outras palavras: Serra representa a continuidade num instante em que o eleitor almeja mudança. Aos olhos do paulistano, o triunfo de Serra significaria uma virada de página. Para trás. É um tipo de sensação que, dependendo do grau de enraizamento, nem a melhor propaganda é capaz de reverter.
O pessimismo da cúpula do PSDB federal foi potencializado pelo cenário de segundo turno perscrutado pelo Ibope. Segundo o instituto, numa disputa direta contra Serra, Russomanno prevaleceria hoje por um placar de 42% a 35%. Coisa que o tucanato jamais imaginou.
Acredita-se que Russomanno, dono de uma vitrine televisiva miúda, pode cair. O problema é que Haddad começou a subir. A despeito do momentâneo déficit de Lula na campanha do PT, o candidato da legenda foi de 6% para 9% em 15 dias.
O deslocamento de Haddad não chegou a ultrapassar a margem de erro da pesquisa. Mas o pupilo de Lula se descola do pelotão de retardatários antes mesmo de ser beneficiado pela exposição do rosto de seu patrono na tevê. Soninha Francine (PPS), Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT) acotovelam-se agora na casa dos 5%.
A eventual ascensão de Haddad injetaria lógica na disputa, restabelecendo a polarização PT X PSDB. O problema é que, para desassossego do tucanato, os 26% amealhados por Serra no Ibope estão muito aquém dos cerca de 40% que se imaginou que ele teria na fase atual.
Em caso de confirmação dos maus presságios do PSDB, é difícil saber o que seria pior para Serra: a derrota para um Russomano que jamais exerceu cargos executivos ou a derrocada diante de um Haddad debutante em urnas, espécie de versão masculina da ex-poste Dilma Rousseff.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012




    Russomanno ganharia de Serra no 2º turno, diz Ibope

    Pesquisa Ibope sobre a preferência do eleitorado paulistano para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), divulgada nesta quinta pelo Estado/TV Globo, aponta empate entre o candidato do PSDB, José Serra, e o candidato do PRB, Celso Russomanno, ambos com 26% da preferência do eleitorado. Na simulação de segundo turno entre os dois, Russomanno ganharia de Serra por 42% a 35%. Mas 16% dos entrevistados informaram que votariam branco ou anulariam o voto nesse caso. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. Esta é a segunda pesquisa Ibope/Estado/TV Globo depois da homologação das candidaturas.

    Leia mais:
    Eduardo Paes tem 47% da preferência do eleitorado
    Marcio Lacerda lidera em BH com 46% das intenções de voto


    A pesquisa Ibope mostra o petista Fernando Haddad em terceiro lugar com 9% das intenções de voto dos paulistanos. A candidata do PPS, Soninha Francine aparece com 5%, empatada com Gabriel Chalita (PMDB), também com 5% e Paulinho da Força (PDT) com 5%. Na mesma mostra, 12% votariam em branco ou nulo e 10% não souberam responder.


    Dois outros candidatos estão tecnicamente empatados, com 1% na pesquisa estimulada: Ana Luiza (PSTU) e Carlos Giannazi (PSOL). Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Anaí Caproni (PCO) e Miguel Manso (PPL) não chegaram a 1%.


    Serra é o candidato que tem o maior grau de rejeição: 37% dos paulistanos afirmaram que não votariam no tucano. Haddad tem 14%, Russomanno 11%, Chalita 9% Soninha tem 14% e Paulinho 14%.


    O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 13 a 14 de agosto. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) sob protocolo número SP-00311/2012