domingo, 15 de junho de 2008

Alckmin nega racha no PSDB e manda recado a Kassab

DEH OLIVEIRA
colaboração para a Folha Online

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo que seu partido "não está rachado", apesar do apoio de aliados do governador de São Paulo, José Serra, também tucano, à candidatura do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

"Não vejo nenhum problema de as pessoas participarem de outras convenções, é civilidade", disse Alckmin. A convenção que oficializou a candidatura do democrata, ontem, teve a presença dos tucanos Walter Feldman, secretário de Esportes de Kassab e do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, que falou em nome de Serra (e acabou chamando Kassab de Alckmin).

"O partido não está rachado. Não tenho dúvida de que depois do dia 22 [de junho, data da convenção do PSDB], o partido estará unido para trabalhar por São Paulo", disse Alckmin na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, onde foi assistir ao jogo da seleção brasileira contra o Paraguai.

Ontem, Kassab alfinetou Alckmin em seu discurso na convenção democrata. "Todos sabem que não se trata de projeto pessoal [a candidatura]. E quem é político responsável sabe a importância de esquecer as vaidades e os projetos pessoais quando se trata de preservar alianças, agir com lealdade", afirmou.

Questionado, Alckmin não respondeu diretamente, mas também mandou recado ao atual prefeito. "O PSDB sempre teve candidato a prefeito de São Paulo", disse. "A possibilidade de aliança com o DEM no primeiro turno existe, desde que o DEM não tenha candidato. Nós, esses meses todos, procuramos fazer alianças", afirmou o tucano.

A possibilidade de alianças futuras, no entanto, não foi afastada por Alckmin. "Eu não vejo [Kassab] como adversário. Nós vamos estar juntos lá na frente, trabalhando por São Paulo", disse.

Continuidade

Alckmin disse que, se eleito, não sairá da prefeitura para concorrer ao governo do Estado ou à Presidência, como fez José Serra em 2006. "Se não fosse pra ficar os quatro anos, eu não seria candidato a prefeito", disse.

Com Folha de S.Paulo

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