sábado, 27 de setembro de 2008

Kassab abre vantagem sobre Alckmin e empataria com Marta no 2º turno, diz Datafolha

da Folha Online

Hoje na Folha Pesquisa Datafolha publicada na edição de hoje da Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL) mostra a petista Marta Suplicy na liderança pela disputa da Prefeitura de São Paulo, com 37% das intenções de voto.

Empatados tecnicamente em segundo lugar estão o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). O democrata aparece com 24%, contra 20% do tucano. Como a margem de erros é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) tem 6%. A vereadora Soninha Francine (PPS) aparece com 4%.
O Datafolha ouviu 1658 eleitores ontem e anteontem.

No entanto, num eventual segundo turno, Marta é numericamente ultrapassada --embora fiquem tecnicamente empatados-- por Kassab e por Alckmin. seus dois virtuais adversários na simulação do segundo turno.

Contra Kassab, Marta teria 46% e o prefeito 47%. Na semana passada, ela tinha 46% e ele, 45%.

Contra Alckmin, ela teria 45% contra 48% do tucano. Na semana anterior os dois tinham 47%.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Alckmin, Kassab e Ciro: todos contra Marta no debate de TV em SP

Por Carmen Munari

SÃO PAULO (Reuters) - No segundo debate entre os candidatos que concorrem à prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que duelam por uma vaga no segundo turno da eleição, buscaram uma polarização com Marta Suplicy (PT), líder das pesquisas de intenção de voto. Ela não escapou nem de Ciro Moura, do pequeno PTC.

A petista, por sua vez, crivou os concorrentes de críticas. Alckmin foi tímido nos embates a Kassab (DEM), mantendo sua posição dúbia em relação à gestão municipal -- que tem maioria de tucanos -- enquanto o prefeito soltou apenas uma farpa ao ex-governador ao revidar ataque à área de educação.

Foi no segundo dos cinco blocos do debate realizado pela TV Bandeirantes, na noite de quinta-feira, que a temperatura começou a subir, quando a petista, que ocupou a prefeitura entre 2001 e 2004, perguntou a Alckmin como ele enfrentaria os problemas da segurança pública já que, quando governador (2001-2006), a capital enfrentou uma "situação trágica" com a ascensão do PCC (Primeiro Comando da Capital), grupo que atua dentro de presídios.

"No seu governo, São Paulo viveu a pior crise de segurança, e São Paulo viveu uma situação trágica com o PCC", disse Marta.

Alckmin pareceu surpreso e acusou a ex-prefeita. "Não cumpriu com sua obrigação, vem jogar pedra", revidou, afirmando ainda que os índices de criminalidade caíram em sua gestão no Estado.

No bate-boca, Marta questionou o ex-governador. "Me espanta a resposta porque parece que vivemos em cidades diferentes, em realidades diferentes", respondeu, ao mesmo tempo em que acusou a gestão do PSDB e do DEM na capital de extinguir a Secretaria de Segurança Pública municipal, criada em sua gestão. Alckmin não citou que seu programa prevê a recriação da secretaria, mas afirmou que vai colocar 18 mil câmeras de vídeo para vigiar a cidade.

Ele acusou a ex-prefeita de ter aumentado impostos e mesmo assim ter deixado um rombo no caixa da prefeitura. Ela respondeu que encontrou a cidade falida, após as gestões de Paulo Maluf (PP), candidato nesta eleição presente ao debate, e de Celso Pitta e que suas contas forma aprovadas pela Justiça. Afirmou ainda que a atual administração não sabe aplicar os recursos do orçamento municipal.

"A gestão PSDB-Demo (DEM) é uma gestão que deixa dinheiro para os banqueiros, deixando de fazer corredor, creches", criticou Marta. Alckmin disse que a "verdade é bem diferente" e que ela deixou obras paradas.

"MENTIRA QUE VIRA VERDADE"

Apenas no terceiro bloco Alckmin levantou problemas na gestão atual da prefeitura, apontando deficiências na saúde, área que ele vem atacando e que tem um dos piores índices de satisfação do paulistano.

"Hoje o maior problema de São Paulo é a saúde", disse, apontando falta de 1.500 médicos, necessidade de melhorar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e prometendo criar 10 centros de especialidades para realizar exames, além da construção de três hospitais.

Também sobrou para Marta nesta área, desta vez por parte de Kassab. "Você foi mal na saúde, por isso você não foi reeleita", atacou o prefeito, em crítica recorrente à administração da petista.

Na seqüência, quando Marta disse que a prefeitura tem 4 milhões de reais em caixa porque não sabe investir os recursos, Kassab disse que "tomara que a Marta não ganhe porque ela vai quebrar a prefeitura de novo. Temos que ter dinheiro em caixa para pagar as contas."

Marta reagiu com frase atribuída a Joseph Goebbels, ministro da propaganda do Partido Nazista alemão: "Uma mentira repetida mil vezes vira verdade." E arrematou: "Vou dizer uma das inverdades que o candidato tem falado, que as escolas de lata foram feitas na minha gestão, não foram. Foram produzidas todas na gestão do Pitta, na qual Kassab era o secretário de Planejamento."

O prefeito pediu direito de resposta, o único do debate, mas não recebeu autorização da produção do programa.

Alckmin ainda apontou a necessidade de 158.000 vagas em creches e escolas. "Não é possível", disse. A resposta de Kassab veio nas considerações finais. "Vamos mostrar qual é o candidato que tem melhores condições. O Alckmin ficou doze anos à frente do Estado e a educação não foi bem. E a ex-prefeita, quando fala em vagas na creche, parece que nem foi prefeita."

Entre os candidatos de pequenos partidos, Ciro Moura (PTC) também escolheu Marta como alvo. Entre as críticas, questionou suas propostas para o metrô e, ao receber a resposta, perguntou: "Você acredita em Papai Noel? Vai começar tudo de novo!"

Mas nem tudo foi bate-boca. O debate mostrou uma troca de gentilezas entre Kassab e a candidata Soninha Francine (PPS), atualmente vereadora. Em temas como a política ambiental e a educação, ela, mesmo tecendo críticas, fez elogios ao prefeito.

Participaram ainda Ivan Valente (PSOL) e Renato Reichmann (PMN). Para que um candidato possa participar, segundo a legislação eleitoral, é preciso que o partido tenha representação na Câmara dos Deputados, por isso três deles ficaram de fora: Anaí Caproni (PCO), Levy Fidélix (PRTB) e Edmilson Costa (PCB).

(Edição de Pedro Fonseca)

sábado, 6 de setembro de 2008

Marta Suplicy mantém liderança em São Paulo com 40% dos votos, diz Datafolha

da Folha Online

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado pela TV Globo revela que a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, mantém a liderança com 40% das intenções de voto. A pesquisa completa será publicada na edição da Folha deste domingo.

Folha lança serviço on-line sobre candidatos

O Datafolha entrevistou 1.091 eleitores nos dias 4 e 5 de setembro de 2008. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo sob o número 02200108-SPPE/2008.

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, está com 22% do eleitorado. Em terceiro lugar está o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), com 18%. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais, Alckmin e Kassab estão empatados tecnicamente em segundo lugar.

Segundo Datafolha, Paulo Maluf (PP) está com 8% e Soninha Francine (PPS) está com 3%.

Os candidatos Ciro Moura (PTC), Edmilson Costa (PCB), Ivan Valente (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Renato Reichmann (PMN) não atingiram 1% das intenções de voto.

Segundo o Datafolha, 4% dos eleitores estão indecisos e 5% pretendem votar em branco.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Campanha de Kassab traça possível estratégia para 2º turno; assessoria nega





WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para a Folha Online

A coordenação da campanha do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), está tão empolgada com a subida do democrata nas últimas pesquisas de intenção de votos que já está planejando a estratégia para enfrentar Marta Suplicy (PT) em um possível segundo turno.

A Folha Online apurou que a campanha pretende mirar nos eleitores antipetistas e sonha com a participação do tucano Geraldo Alckmin até no programa eleitoral. Em conversa com correligionários, Kassab já marcou data para passar o tucano nas pesquisas.

Outro lado

Na noite desta quinta-feira, a assessoria de Kassab negou que exista qualquer planejamento ou fato nesse sentido.

Baseada nas pesquisas que apontam maior dificuldade de vencer Alckmin no segundo turno, a campanha de Marta começou a devolver as provocações de Kassab a fim de polarizar a campanha com ele. Por este motivo, os democratas chegaram à conclusão de que já precisam traçar uma estratégia para vencer Marta caso deixem Alckmin pelo caminho.
Folha Imagem
Empolgada, campanha do prefeito Gilberto Kassab já traça estratégia para enfrentar a petista Marta Suplicy no segundo turno
Empolgada, campanha do prefeito Gilberto Kassab já traça estratégia para enfrentar a petista Marta Suplicy no segundo turno

A coligação que pretende reeleger Kassab avalia que só vencerá Marta no segundo turno se a campanha trabalhar pela conquista dos antipetistas ao invés de ficar reforçando as "qualidades" de Kassab. Para eles, o eleitorado de Alckmin no segundo turno não é formado por alckmistas, mas por antipetistas que encontram nele a alternativa à Marta. Com o tucano fora do páreo, a campanha precisaria apresentar Kassab como alternativa, evitando que os antipetistas acabem anulando o voto ou votando em branco. A adesão dos malufistas, por exemplo, é contada como certa.

Mas a aposta mais ambiciosa dos kassabistas é o apoio explícito de Alckmin a Kassab no próximo turno, inclusive com aparições do tucano no programa eleitoral. Para os democratas, se Alckmin não avançar para o próximo turno ele se sentirá obrigado a embarcar na campanha do atual prefeito ou não terá clima para conviver com a ala do PSDB partidária do governador José Serra (PSDB).

Se Alckmin perder a eleição depois de enfrentar o governador --que nos bastidores prefere a reeleição de Kassab--, sua única chance de receber o apoio de Serra na campanha para o governo do Estado em 2010 é se reabilitando com ele ao declarar voto em Kassab e participando ativamente da disputa.

Segundo kassabistas, a outra aposta é a participação do próprio Serra no segundo turno. Além de aliado do atual prefeito, Serra deve entrar na disputa já de olho nas eleições presidenciais daqui a dois anos. Sua intenção é já se colocar como contraponto ao PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve aparecer ainda mais na campanha de Marta na próxima fase eleitoral.

Data marcada

A todos os correligionários com quem conversa em reservado, Kassab faz questão de falar sobre pesquisas internas que o apontariam tecnicamente empatado com Alckmin. A interlocutores ele até estipulou uma data para passar Alckmin nas pesquisas: dia 25 de setembro. Se até lá isso não acontecer, seria difícil ultrapassar o tucano a tempo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

De olho em 2010, Serra entra na campanha de Alckmin

Terça-feira, dia 02 de Setembro de 2008 às 08:10hs
Folha

Preocupado com a eleição presidencial de 2010, o PSDB prepara finalmente o embarque do governador de São Paulo, José Serra - um dos principais nomes do partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, na campanha do tucano Geraldo Alckmin à Prefeitura paulistana. Um grande jantar está sendo organizado para selar a participação de Serra, que até agora esteve ausente dos palanques.



O engajamento do governador na campanha começou a ser traçado na semana passada, quando Serra chegou ao Brasil de uma viagem ao Japão e à Inglaterra, e foi alertado por integrantes do partido de que, mais do que o candidato tucano à Prefeitura, a principal prejudicada pelo racha do partido em São Paulo seria sua eventual candidatura ao Palácio do Planalto daqui a dois anos. Outra preocupação dos serristas é com o desembarque de Lula em São Paulo nessas eleições. Tucanos avaliam que, além de ajudar a candidata do PT, Marta Suplicy, o presidente já usa a oportunidade para ganhar terreno para as eleições de 2010, seja para ele mesmo em um polêmico terceiro mandato ou para seu sucessor. Até então, a perspectiva era de um engajamento mais efetivo de Serra somente no segundo turno, já que o governador enfrenta uma situação delicada, dividido entre as candidaturas de Alckmin e do prefeito Gilberto Kassab (DEM).



Desde a semana passada, também ingressaram oficialmente na campanha de Alckmin, compondo a coordenação política, dois secretários do núcleo político do governo Serra. Sidney Beraldo (Gestão Pública) e José Henrique Reis Lobo (Relações Institucionais) participaram anteontem da reunião do comando de campanha na casa do candidato a vice de Alckmin, deputado estadual Campos Machado (PTB). A participação de Beraldo, ex-presidente do PSDB paulista, e Lobo, atual dirigente do PSDB paulistano, deu-se por determinação do governador. Oficialmente, tucanos negam que a entrada de Serra tenha motivações ligadas a 2010.

domingo, 24 de agosto de 2008

Rodeado de tucanos, Kassab diz que vai para 2º turno com PT

MARINA NOVAES
colaboração para Folha Online

Após subir três pontos nas intenções de voto em São Paulo segundo a última pesquisa Datafolha-- o prefeito Gilberto Kassab (DEM) saiu dos 11% para 14%--, o candidato à reeleição agora aposta em um entrave com a candidata do PT, Marta Suplicy, no 2º turno. As declarações foram feitas neste domingo, durante inauguração do comitê de campanha do partido em Itaquera (zona leste), tradicional reduto petista. O evento contou com a presença de membros do PSDB, legenda que também disputa a prefeitura da capital paulista.

Na inauguração, os vereadores tucanos-kassabistas Adolfo Quintas e Carlos Bezerra Jr. engrossavam o coro em favor da reeleição do prefeito. O evento também reuniu o subprefeito da região, Laerte Teixeira Lima, e o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, ambos do PSDB.

Apesar da presença tucana, Kassab negou que ocorra uma debandada do PSDB para sua candidatura em virtude do crescimento na pesquisa eleitoral. "Eles vieram aqui não desejar apoio, mas me desejar boa sorte. Eu sou prefeito, eles são vereadores, e estão conosco desde o início da gestão, aí não tem nenhuma vinculação com a campanha", disse.

Neste sábado (23), o candidato e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) --que caiu de 32% para 24% na preferência dos eleitores, segundo o Datafolha-- afirmou que deverá intensificar sua campanha na rua, feita por "militantes e candidatos a vereador".

Hoje, a coordenação de campanha de Alckmin afirmou que o PSDB deverá realizar um "mutirão" para intensificar o corpo-a-corpo com os eleitores. Já Kassab, que voltou a comemorar os resultados da pesquisa, disse não temer o fortalecimento dos concorrentes. "Eu não tenho nenhuma preocupação com os outros candidatos, a preocupação é com a minha campanha", afirmou.

Mais tarde, o democrata passeou na garupa de um triciclo com um motoqueiro, e fez uma pequena carreata pela região, com bandeiras e faixas de campanha.

sábado, 23 de agosto de 2008

Marta abre vantagem de 17 pontos sobre Alckmin, diz Datafolha

da Folha Online

A ex-ministra Marta Suplicy (PT) lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo com 41% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje pelo jornal "SPTV", da TV Globo. A pesquisa completa estará na edição da Folha deste domingo.

Com esse resultado, ela abre uma vantagem de 17 pontos sobre o tucano Geraldo Alckmin, que aparece com 24% das preferências.

Em seguida, está o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, com 14% das intenções de voto --ele tinha 11%. Kassab continua tecnicamente empatado com o deputado federal Paulo Maluf (PP), que tem 9%. A margem de erros é de três pontos percentuais, para mais como para menos.

A nova pesquisa --realizada entre quinta-feira e sexta-feira-- mostra uma queda de oito pontos na intenção de voto de Alckmin na comparação com o levantamento anterior --quando o tucano aparecia com 32%. O levantamento anterior foi realizado de 23 e 24 de julho. De lá para cá, a vantagem de Alckmin para Kassab caiu de 21 para 10 pontos percentuais.

O Datafolha ouviu 1.093 entrevistados. A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo sob número 01900108-SPPE.

Segundo turno

Num eventual segundo turno entre Marta e Alckmin, a petista venceria o tucano com 49% das intenções de voto, contra 44% do tucano. É a primeira vez, desde a primeira pesquisa Datafolha sobre sucessão municipal, que Marta aparecer à frente de Alckmin no 2º turno.

Contra Kassab, Marta venceria com 55% das preferências, contra 35% do democrata. Alckmin venceria Kassab por 57% a 28%.

O material completo da pesquisa está na edição da Folha deste domingo, que está nas bancas na tarde deste sábado.

sábado, 16 de agosto de 2008

Em São Paulo, Marta se distancia de Alckmin

SÃO PAULO - A candidata Marta Suplicy (PT) continua liderando a corrida à Prefeitura de São Paulo, com 41% das preferências, de acordo com pesquisa Ibope contratada pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' e pela 'TV Globo', divulgada ontem.

Em segundo lugar, está o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) com 26% das intenções. O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) registrou 9%, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, registrou 8%, Soninha Francine (PPS) registrou 2% e Ivan Valente (PSOL) 1%. Os outros candidatos não tiveram pontuação.

Dentre os indecisos, 4% afirmaram que votariam em branco ou nulo, 7% não quiseram mencionar nenhum candidato e 1% dos entrevistados não opinou. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.

Na pesquisa anterior, divulgada no dia 19 de julho, Marta e Alckmin apareceram tecnicamente empatados, com 34% e 31%, respectivamente, levando em conta a margem de erro. Nessa mesma mostra, Kassab registrou 10%, Maluf 9%, Soninha 2% e Ciro Moura 1%. O total de votos em branco ou nulo ficou em 8% e não sabe ou não opinou 4%.

A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 14 de agosto e entrevistou 805 eleitores da Capital. O intervalo de confiança estimado é de 95%. A pesquisa está registrada na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, sob número 01700108.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Alckmin trava queda-de-braço com vereadores em SP

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

A cinco dias do início do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, o candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, ainda tenta contornar uma crise em sua campanha que envolve a bancada de vereadores do partido.

Ontem, em mais um episódio da queda-de-braço do ex-governador do Estado com os tucanos kassabistas (ligados ao prefeito Gilberto Kassab, do DEM), o dirigente partidário José Rubens anunciou sua saída do PSDB antes de ser julgado pela Comissão de Ética da sigla, o que aconteceria à noite.

José Rubens presidiu a Juventude Municipal do partido. A acusação contra ele era o fato de apoiar a reeleição de Kassab, como faz parte da bancada de 12 vereadores do PSDB.

Nos bastidores da campanha, uma eventual punição na comissão seria usada internamente como um recado aos vereadores de que Alckmin não irá tolerar defecções.

Até ontem, apenas quatro vereadores tinham gravado depoimentos, para serem utilizados na TV, pedindo votos para Alckmin. Os demais, ainda estavam em dúvida ou batalhavam abertamente para conseguir um salvo-conduto que os desobrigasse de anunciar formalmente o apoio ao tucano.

O apoio dos vereadores a Alckmin é considerado importante pela coordenação da campanha por dois motivos: transmitir ao eleitor a impressão de que o PSDB está unido em torno de seu candidato; ajudar o tucano na periferia, onde a ação dos parlamentares é mais percebida pela população.

Após a saída de José Serra da prefeitura, em março de 2004, o PSDB manteve seu espaço na atual administração, o que levou parte dos vereadores a apoiarem Kassab.

Desde o início da campanha, em julho, Alckmin vinha procurando demonstrar tranqüilidade quando questionado sobre o tema. Primeiro colocado nas pesquisas em empate técnico com a petista Marta Suplicy, ele avaliava que teria o apoio dos vereadores antes do início do horário eleitoral.

"A desfiliação se dá principalmente pela falta de democracia interna [no Diretório Municipal]. Eles estão indo contra uma questão constitucional, que dá direito à defesa. Quero voltar ao partido em épocas mais democráticas", disse Rubens. "Querem usar a minha expulsão para constranger os vereadores e secretários. Fui eleito bode expiatório por ser jovem e não ter mandato."

O vice-presidente municipal do PSDB, Júlio Semeghini, negou que tenha havido perseguição a José Rubens. "Ele não foi perseguido. As denúncias foram aceitas por unanimidade.

domingo, 10 de agosto de 2008

Alckmin defende "grande aliança" com adversários após eleição em SP

GUILHERME REED
colaboração para a Folha Online

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, defendeu neste domingo a formação, após a disputa eleitoral, de uma "grande aliança" com adversários. Para o tucano, com o fim da eleição, termina também a disputa.

"As relações administrativas devem ser boas, independente de partido político, independente de filiação. E mais, se eleito prefeito vou fazer uma grande aliança. Acabou a eleição, acabou a disputa. Aí é trabalhar pela cidade", afirmou Alckmin, após encontro com líderes comunitários na zona norte da cidade.

O tucano também defendeu parcerias com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o PSDB faz oposição ao governo federal-- e com o governador José Serra (PSDB).

E aproveitou para tirar proveito das obras que estão em andamento em São Paulo e que estão sendo realizadas em parceria entre a prefeitura e o Estado.

"Eu fiz isso [parceria] com Serra. A maioria das obras que nós estamos vendo elas iniciaram quando eu era governador e o Serra prefeito", afirmou o tucano.

Questionado sobre a participação de Serra na campanha, Alckmin disse que ele já entrou na campanha ao participar da convenção do partido que definiu seu nome para a disputa. "Foi um discurso anterior ao meu", disse.

"Essa fase inicial é do candidato. Eu que preciso levar minha mensagem, ganhar a confiança do povo, criar uma empatia. Acho que está indo muito bem. Os apoio vão chegando", afirmou Alckmin.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aécio isola Serra e diz apoiar com "entusiasmo" candidatura de Alckmin

THIAGO FARIA
colaboração para a Folha Online

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu um apoio de peso nesta quinta-feira para sua campanha à prefeitura da capital do Estado. O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), visitou o candidato tucano em seu comitê de campanha para declarar apoio à candidatura Alckmin.

O mineiro disse que apóia com entusiasmo a candidatura de Alckmin e confia em sua vitória. "Não vim trazer apenas meu apoio formal. Vim trazer meu entusiasmo com a candidatura", disse Aécio.

Essa foi uma das primeiras demonstrações de apoio à candidatura de Alckmin manifestada por caciques do PSDB. Alckmin deve se reunir na próxima semana com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O tucano também deve receber em breve outros apoios importantes, como dos senadores Tasso Jereissati (CE) e Marisa Serrano (MS).

Com isso, entre as principais figuras do partido, apenas o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ainda não embarcou na campanha de Alckmin.

Primeiro, Serra tentou costurar o apoio do partido à reeleição de Gilberto Kassab (DEM), mas o PSDB decidiu lançar candidatura própria --o que impede Serra de apoiar Kassab em público.

Enquanto isso, Alckmin diz que Serra está comprometido com a campanha tucana e que também deve participar em breve. Ontem, Alckmin brincou com o fato de Serra ainda não ter comparecido a nenhum evento de sua campanha. Segundo ele, a ausência do governador paulista seria uma forma de "criar suspense".

Já Serra afirmou em ocasiões passadas que a presença de aliados na disputa municipal inibe a participação dos governantes na campanha.

Os adversários de Alckmin aproveitam a ausência de Serra na sua campanha para provocá-lo. A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, questionou nesta quinta-feira a ausência de Serra. "Ficará a indagação do porquê o governador do Estado [Serra] não vai nas caminhadas dele [Alckmin]", afirmou Marta, ao ser questionada sobre o encontro do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com Alckmin.

Kassab chegou a dizer nesta semana que Serra estava presente na sua campanha não em forma física. "Existe uma pessoa presente, não fisicamente, mas presente em nossa administração, nos apoiando, num primeiro momento liderando a administração", disse.

Rumo a 2010

O encontro de hoje também serviu para que Alckmin mande um recado para Serra com relação a 2010. Aécio e Serra são cotados como os principais nomes do partido para disputar as eleições para presidente.

No entanto, o governador mineiro nega a relação. "É um equívoco muito grande fazermos essa ilação de 2008 com 2010", afirmou Aécio.

A aproximação com o governador do Estado vizinho pode incomodar Serra, uma vez que Alckmin foi o candidato na disputa de 2006, quando disputou com o próprio Serra a indicação do partido.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Em debate, Kassab critica Alckmin e Marta; Marta cola imagem a Lula

A aparente trégua entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB) foi quebrada no debate desta quinta-feira (31), na TV Bandeirantes. Alckmin criticou a gestão Kassab à frente da prefeitura ao dizer que a cidade está muito escura. "A cidade de São Paulo está escura. Nós temos quase metade do nosso parque ainda com aquelas lâmpadas antigas, aquelas luminárias de mercúrio."

Veja trechos do debate da Band com candidatos de São Paulo

Kassab, por sua vez, responsabilizou Alckmin por problemas da privatização do setor elétrico de São Paulo. "Em relação à iluminação pública, o que atrapalha muito São Paulo é que ainda no seu governo, quando da privatização das empresas, não foi colocado como determinante, como obrigação delas, que elas apontassem os pontos que não estavam com iluminação pública na troca de iluminações públicas. [...] Vamos corrigir isso numa próxima licitação."

Terceiro colocado na última pesquisa Datafolha, Kassab lançou um desafio para a adversária Marta Suplicy (PT). "Vamos fazer a comparação do seu governo com o meu. Quem fez, quem não fez e o que deixou de se fazer. Dar a oportunidade de escolher o melhor governo: o seu ou o meu. Dar a oportunidade para o eleitor comparar e votar naquele que foi o melhor governo", desafiou o prefeito de São Paulo.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Candidatos a prefeito de São Paulo participam de debate na TV Bandeirantes
Candidatos a prefeito de São Paulo participam de debate na TV Bandeirantes

O candidato do DEM aproveitou para dizer que Marta venceria a comparação no quesito criação de taxas: "Tenho certeza de que uma coisa você vai ganhar: a que criou mais taxas", disse ele numa referência ao apelido dado à petista: "martaxa".

Também participaram do debate eleitoral os candidatos à Prefeitura Ivan Valente (PSOL), Paulo Maluf (PP), Ciro Moura (PTC), Renato Reichmann (PMN) e Soninha Francine (PPS).

Lula

Já a petista tentou colar sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas considerações finais, Marta disse que era a candidata do presidente Lula e sinalizou a intenção de se aproximar do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se for eleita.

"Quero pedir a oportunidade de ser prefeita novamente. Aprendi com acertos e erros e acredito que tenho experiência e maturidade para ser uma prefeita melhor. Encontrei o Lula e ele me disse: quero que ganhe porque com a situação econômica atual vai dar para fazer muita coisa em São Paulo", disse Marta.

A petista também se referiu ao governador José Serra (PSDB), cujo apoio é disputado por Alckmin e Kassab. "Eu quero ser sua parceira, quero a união do governo do Estado com a prefeitura", afirmou.

Marta x Alckmin

Marta e Alckmin também trocaram críticas entre si. Ao rebater Marta, que declarou que cumpriria o mandato completo se eleita prefeita, Alckmin disse sentir-se "preocupado" com a declaração da petista.

"Eu fico preocupado com a candidata dizer que pode ficar os quatro anos. [...] O fato é que a prefeitura foi entregue em estado um lastimável. Sob o ponto de vista da saúde, nenhum leito [...] E financeiramente, aumentou taxas, aumentou impostos e deixou a cidade totalmente endividada", disse Alckmin, comentando a declaração da petista.

Irritada com o comentário do tucano, Marta disse ter entregue a prefeitura com o cofre cheio, com superávit. "Estou adorando o comentário do Alckmin, porque me dá a oportunidade de corrigir as mentiras, as inverdades", disse a candidata.

Ficha suja

Maluf e Kassab foram questionados sobre a inclusão de seus nomes na lista dos candidatos com "ficha suja" na Justiça divulgada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

Questionado se os processos a que responde na Justiça não atrapalhariam sua campanha, Maluf respondeu que nos seus 41 anos de vida pública não teve nenhuma condenação, foi até foi absolvido em uma ação de paternidade, e criticou a iniciativa da AMB.

"A AMB faz muito mal quando entra na política. É como um torcedor do Corinthians fosse juiz de um jogo do Palmeiras. É um atentado à democracia. Não precisa um juiz dar informações tendenciosas e mentirosas", disse Maluf.

Ao comentar a resposta de Maluf, Kassab defendeu a lista da AMB da qual também faz parte. Ele responde a um processo por improbidade administrativa no TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo. "Em uma democracia, precisa ter informação e debate", afirmou.

Kassab também foi questionado por ter explorado o tema "ficha suja" antes de seu nome também ser incluído na relação. "Defendo [a lista] com transparência total", disse o prefeito, afirmando que foi absolvido --o processo ainda tramita na Justiça.

Ataques

Primeiro a chegar no debate, o candidato Ivan Valente (PSOL) foi um dos mais críticos. Ele, que disse querer mostrar uma "alternativa de esquerda" para a cidade durante o debate, criticou as propostas dos demais candidatos para o trânsito e transporte público. "Quem falar que consegue acabar com a questão do trânsito de São Paulo está mentindo para a população", disse.

O deputado atacou a adversária Soninha (PPS), que sugeriu como alternativa para os problemas do trânsito a criação de ciclovias. "Isso não é solução. Temos que ofertar transporte público subsidiado, rumo a uma tarifa zero", afirmou Valente, que também disse ser contrário à criação de um pedágio para os carros na região central da cidade. Na área de saúde, Valente também criticou os demais adversários por não terem proposto a reestruturação do SUS (Sistema Único de Saúde).

da Folha Online

terça-feira, 29 de julho de 2008

Estagnado nas pesquisas, Kassab cumpre agenda oficial sem sua base de apoio

MARINA NOVAES
colaboração para a Folha Online

Estagnado nas pesquisas de intenção de votos, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, cumpriu agenda oficial nesta terça-feira, em clima de campanha, mas sem grande apoio de sua base aliada. Apenas um candidato a vereador acompanhou o prefeito em visita oficial a dois albergues para moradores de rua.

Kassab aparece na terceira colocação na disputa em São Paulo, com 11% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha.

"Era para ter uns 20 vereadores aqui, e só tem um. Quando a pesquisa subir, eles [os outros candidatos à Câmara Municipal] começam a participar", afirmou Jooji Hato, vereador que concorre a outro mandato pelo PMDB, partido da coligação de Kassab. Hoje, além de Hato, Kassab foi acompanhado pelo secretário municipal Paulo Sérgio de Oliveira e Costa (Assistência e Desenvolvimento Social) e pelo subprefeito da Sé, Amauri Luiz Pastorello.

O vereador, no entanto, aposta no início do programa eleitoral gratuito na televisão e no rádio para alavancar a campanha do democrata. Kassab é o candidato que deve ter o maior espaço de tempo na TV, com quase nove minutos de programa eleitoral gratuito. Nos bastidores, os aliados cobram maior mobilidade na campanha, que ainda não conta com o material eleitoral prometido pelo prefeito. A previsão é que o material fique pronto na próxima semana.

Os sinais da debandada de apoio ao prefeito ocorrem em um momento crítico, já que Kassab é suspeito de ter usado a máquina pública para tentar influir na última pesquisa Datafolha.

Em um e-mail revelado pela Folha neste domingo (27), Kassab pede a 26 subprefeitos "ação" nos locais onde entrevistadores abordariam eleitores. O prefeito confirma ter mandado o e-mail, mas nega que o objetivo fosse melhorar seu desempenho e diz ter feito "ação preventiva" para "evitar maldades" de rivais, sobretudo o PT.

Hoje, Kassab minimizou o escândalo e a recusa, por grande parte dos subprefeitos, de confirmar o recebimento do e-mail. "Essa é uma questão tão rotineira que é bem capaz que alguns subprefeitos tenham recebido depois [o e-mail]. Aliás, isso foi feito numa transparência total, buscando o melhor para a cidade", disse.

Serra

Outro ponto que revela a possível dispersão do apoio ao candidato democrata é a diminuição das aparições públicas ao lado do governador José Serra (PSDB). Conforme a Folha apurou, desde a abertura oficial da campanha eleitoral em São Paulo, no início do mês, Serra participou de apenas um encontro público com Kassab, e os assessores do prefeito afirmam que não existe previsão de quando os dois voltarão a posar juntos para as câmeras.

Hoje, o candidato minimizou o suposto distanciamento do governador. "Nossa relação é rotineira, tem dia que nos falamos e tem dia que não nos falamos. Ainda na semana passada tive quatro encontros com ele", disse. "É evidente que a partir do dia 5 de julho não podemos mais nos encontrar em inaugurações. Como sou candidato, não posso participar de inaugurações nem do Estado nem da prefeitura. E a grande parte dos eventos públicos eram inaugurações, e nestes eventos estou impedido de participar", explicou.

Apesar do tom de neutralidade que o governador deve adotar nestas eleições --já que o candidato oficial de seu partido é o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)--, a campanha do prefeito ainda deve apostar na associação de Kassab a Serra nos programas eleitorais na TV.

sábado, 26 de julho de 2008

‘Lista suja’ da AMB exclui processo contra Kassab

Candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM) figura como co-réu em processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo.



A despeito disso, foi excluído da “lista suja”, que a Associação dos Magistrados do Brasil divulgou na última terça (22).



Falou-se, aqui e ali, do processo que pendia sobre a cabeça de Kassab. Dizia-se que havia sido extinto.



A repórter Rosanne D'Agostino, do UOL (assinantes), decidiu escarafunchar o caso. Descobriu que o caso continua pendente de julgamento.



A coisa começou em 1997. Kassab era secretário de Planejamento do prefeito de então, Celso Pitta, preso e solto na Operação Satiagraha.



A reputação de Pitta era roída à época por uma CPI que apurava malfeitorias na negociação de títulos públicos.



A pretexto de defender a administração municipal, o prefeito mandou publicar nos grandes jornais uma peça publicitária.



O Ministério Público acusou-o de fazer promoção pessoal com verba pública. Abriu contra ele uma ação civil pública.



O promotor de Justiça Sérgio Turra Sobrane enxergou nos anúncios um atentado contra os princípios da administração pública, previstos na Lei de Improbidade.



Kassab foi ao banco de réus, na condição de co-responsável, por ter concordado com a liberação do dinheiro.



Condenados na primeira e na segunda instância do Judiciário, os réus amealharam vitórias no STJ.



Depois, obtiveram no Tribunal de Justiça, em 7 de maio de 2008, a anulação das condenações.



Entendeu-se que a publicidade de Pitta era informativa, não promocional. Há, porém, um recurso ainda à espera de julgamento.



Por isso, o processo continua vivo. Sobreveio, então, a pergunta inevitável:



Por que diabos a AMB excluiu Kassab de uma “lista suja” que traz os nomes de Marta Suplicy e Paulo Maluf?



A associação de magistrados argumenta que só foram à lista os candidatos que respondem a processos listados nos tribunais como ações de "improbidade administrativa".



O caso de Kassab, diz a entidade, é uma "ação civil pública." Bobagem, responde Sérgio Turra, o promotor que levou o candidato ‘demo’ às barras dos tribunais.



"A ação de improbidade é uma espécie de ação civil pública e esta ação [contra Kassab] deve, sim, ser incluída na lista."



Nas pegadas da divulgação da lista da AMB, a turma de Kassab apressou-se em extrair dela o máximo proveito eleitoral.



No sítio que mantém na internet, a campanha do prefeito defendeu a divulgação da lista. E reproduziu notícias sobre o caso. O TRE mandou que a coisa fosse tirada do ar.



A equipe do candidato distribuiu, de resto, panfletos com os seguintes dizeres: "Sujou! Associação de juízes inclui marta, Maluf e mais 13 em lista suja” (veja imagem lá no alto).



Fica-se agora com a impressão de que a lista da AMB, do modo como foi feita, dá margem a que sujos se insurjam contra mal lavados. Muda apenas a quantidade de sujeira.

Escrito por Josias de Souza às 20h30

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Alckmin conquista apoio de "infiéis" da bancada de vereadores tucanos de SP

THIAGO FARIA
colaboração para a Folha Online

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, está conquistando cada vez mais adeptos à sua candidatura. Nesta quinta-feira, durante a inauguração do seu comitê, na região central da cidade, contou com a participação de vereadores inicialmente avessos à sua candidatura e favoráveis a reeleição do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM).

Pelas contas da coordenação de campanha de Alckmin, mais da metade dos 12 vereadores da bancada tucana na Câmara já apóia declaradamente a candidatura do ex-governador. Dalton Silvano, Gilson Barreto, Carlos Alberto Bezerra, José Rolim e Tião Farias comprovaram hoje esse apoio durante a inauguração. Outros dois --Adolfo Quintas e Juscelino Gadelha-- já teriam gravado propaganda eleitoral ao lado de Alckmin.

"Acho que nós vivemos dois momentos, um momento foi a pré-convenção, que é natural que as pessoas coloquem seus pontos de vistas [...]. Agora é todo mundo trabalhar por São Paulo", disse Alckmin sobre a adesão dos vereadores.

Um dos principais representantes da ala pró-Kassab no PSDB, o vereador Gilberto Natalini justificou sua ausência com compromissos de campanha. "Não fui porque fui cumprir a minha agenda", afirmou.

O vereador é um dos poucos que ainda continua a acompanhar Kassab em compromissos da prefeitura. Questionado se participará de eventos com o Alckmin, desconversou: "Sou um homem partidário e estou fazendo minha campanha de vereador, buscando me reeleger".

Outro que deixou Kassab para apoiar Alckmin é o deputado federal Régis de Oliveira (PSC-SP). Apesar de seu partido fazer parte da aliança com o DEM, o deputado foi à inauguração do comitê tucano e fez questão de declarar seu voto. "Meu partido marcha com outro candidato, mas eu marcho com a seriedade e com a dignidade", falou o deputado a uma platéia de correligionários.

Lotado

Ocupando dois andares de um prédio, o comitê não suportou a quantidade de pessoas que foram para sua inauguração. Muitos não conseguiram entrar e ficaram do lado de fora.

Ao lado de sua mulher, Lu Alckmin, e de sua filha Sophia, Alckmin ouviu os cumprimentos de apoiadores, como o senador Romeu Tuma (PTB-SP), o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB-PR) e até do ex-pugilista Adilson Maguila, que se disse cabo eleitoral da sua mulher, a advogada Irani Pinheiro, candidata à vereadora pelo PTB.

Momentos antes, na calçada, dois cadeirantes reclamavam da falta de acesso ao prédio. "Vim para participar, mas não consigo subir", disse Antonio Manuel da Silva, filiado ao PTB. Ao encontrar com Alckmin na entrada do prédio, reclamou.

Segundo Silva, o candidato disse que arrumaria alguém para carregá-lo até o elevador, mas não cumpriu a promessa. "Na volta ele foi nos procurar e prometeu que vai dar acessibilidade ao comitê", disse Silva um pouco menos irritado.

No nono andar, onde fica o comitê, Edison Passafaro, também cadeirante, acompanhou o evento, mas teve que ser carregado até o elevador. "É um problema desses prédios antigos de São Paulo, não tem acessibilidade nenhuma."

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ibope: Marta e Alckmin 'tecnicamente empatados'

Num instante em que o noticiário político encontra-se monopolizado por novidades policiais, o Ibope soltou nova pesquisa eleitoral.



Revela o seguinte: a petista Marta Suplicy acumula 35% das intenções de voto. O tucano Geraldo Alckmin, 32%.



Como a margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menor, o quadro é de “empate técnico.”



O candidato ‘demo’ Gilberto Kassab, antes sozinho no terceiro lugar, agora desfruta da inolvidável companhia de Paulo Maluf. A dupla aparece rigorosamente empatada: 11%.



O Ibope foi às ruas por encomenda do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo. Ouviram-se 602 pessoas entre os dias 12 e 14 de julho.



Na projeção do segundo turno, Alckmin (50%) ainda prevalece sobre Marta (41%). O tucano bateria também, com mais folga, Kassab: 59% contra 22%.



A julgar pelos números da pesquisa, Marta precisa acender uma vela para Kassab. Contra o adversário ‘demo’, a petista triunfaria no segundo turno: 50% contra 36%.



Para desassossego de José Serra, que prefere Kassab a Alckmin, o eleitorado parece torcer o nariz para a reeleição do preferido do governador.



Kassab comanda na campanha um autêntico transatlântico partidário. É puxado pelo DEM, empurrado pelo PMDB de Quércia e soprado pelo pedaço do PSDB controlado por Serra.



O arranjo propiciou a Kassab notáveis 19 minutos de propaganda televisiva, o dobro de seus principais rivais.



Ou o prefeito arranja uma boa mensagem para difundir na propaganda ou descerá à crônica eleitoral como comandante de um Titani

Do Blog do Josias

terça-feira, 8 de julho de 2008

Kassab tenta evitar polêmica sobre sua participação no governo Celso Pitta

WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para Folha Online

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), foi econômico nas palavras ao comentar a prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) nesta terça-feira. Kassab, que foi secretário de Pitta, quer evitar que os outros candidatos lembrem da ligação entre os dois durante a campanha.

"Eu não tenho nenhuma vinculação e estou muito tranqüilo quanto a isso", afirmou Kassab depois de fazer campanha no mercado municipal do centro.

Ele disse que não teme que seu adversários políticos usem sua imagem ao lado de Pitta, como fez a também candidata Marta Suplicy (PT) na campanha para prefeito de 2004. "O tempo provou que ela estava errada. A cidade hoje sabe disso e ela também", afirmou o prefeito.

Na ocasião, ela saiu derrotada pela dobradinha José Serra (PSDB)/Kassab. Em 2006, Serra ganhou a disputa para o governo do Estado e Kassab assumiu a prefeitura.

Farpas

Kassab afirmou no início do mês que sua participação no governo de foi pequena. "Minha atribuição nesse governo foi a elaboração do Plano Diretor da cidade de São Paulo", disso o prefeito.

Ele lembrou que no período em que ficou na secretaria contou com a ajuda de Jorge Wilheim, o secretário de Planejamento Urbano no governo Marta. "Eu tive cinco consultores. Um deles foi Jorge Wilheim, que cuidou do ponto de vista técnico e urbanístico", disse. "O jorge foi contratado para prestar serviço. Posteriormente esse meu colaborador se tornou secretário de Planejamento Urbano da ex-prefeita."

Kassab tenta evitar polêmica sobre sua participação no governo Celso Pitta

WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para Folha Online

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), foi econômico nas palavras ao comentar a prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) nesta terça-feira. Kassab, que foi secretário de Pitta, quer evitar que os outros candidatos lembrem da ligação entre os dois durante a campanha.

"Eu não tenho nenhuma vinculação e estou muito tranqüilo quanto a isso", afirmou Kassab depois de fazer campanha no mercado municipal do centro.

Ele disse que não teme que seu adversários políticos usem sua imagem ao lado de Pitta, como fez a também candidata Marta Suplicy (PT) na campanha para prefeito de 2004. "O tempo provou que ela estava errada. A cidade hoje sabe disso e ela também", afirmou o prefeito.

Na ocasião, ela saiu derrotada pela dobradinha José Serra (PSDB)/Kassab. Em 2006, Serra ganhou a disputa para o governo do Estado e Kassab assumiu a prefeitura.

Farpas

Kassab afirmou no início do mês que sua participação no governo de foi pequena. "Minha atribuição nesse governo foi a elaboração do Plano Diretor da cidade de São Paulo", disso o prefeito.

Ele lembrou que no período em que ficou na secretaria contou com a ajuda de Jorge Wilheim, o secretário de Planejamento Urbano no governo Marta. "Eu tive cinco consultores. Um deles foi Jorge Wilheim, que cuidou do ponto de vista técnico e urbanístico", disse. "O jorge foi contratado para prestar serviço. Posteriormente esse meu colaborador se tornou secretário de Planejamento Urbano da ex-prefeita."

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eleição em SP será "pau a pau", avalia Aldo Rebelo, vice de Marta

RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo

O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy (PT), previu uma disputa "pau a pau" pela prefeitura, ao comentar a última pesquisa Datafolha.

Sem bandeiras ou panfletos (a campanha diz que aguarda da Justiça Eleitoral a definição de um número de CNPJ para fazer os impressos), Marta e Aldo fizeram uma caminhada e assistiram às 10h de ontem, primeiro dia de campanha prevista em lei, a uma missa campal numa festa de rua em Ermelino Matarazzo (zona leste). Estavam acompanhados do senador Eduardo Suplicy (PT).

"A pesquisa indica uma eleição muito equilibrada, que será muito disputada até o fim. Há uma vantagem para as candidaturas mais conhecidas, que são naturalmente [Marta e Alckmin]. Mas não se pode subestimar a possibilidade do terceiro colocado. (...) Creio que é uma eleição que será disputada pau a pau", disse Aldo, em entrevista. A assessoria de Marta restringiu as perguntas da imprensa a apenas três.

A candidata fez um comentário protocolar sobre o Datafolha (38% contra 31% do segundo colocado, Geraldo Alckmin): "Recebi a pesquisa com humildade, alegria e muita vontade de trabalhar".

A missa, vista por cerca de 300 pessoas, foi celebrada pelo padre Antônio Marchioni, o Ticão, que é próximo do candidato Alckmin e anualmente distribui o prêmio de direitos humanos Mario Covas.

Marta circulou durante uma hora e meia entre as barracas da Festa das Nações. Tomou um caldo verde e comeu pães em "Portugal", bebeu "piña colada" no "Uruguai" e ajudou a fritar lingüiças no "Brasil".

Comprou uma boneca de pano por R$ 20 (pagos por um assessor) e a rifa de um carro por R$ 6, cujo bilhete doou em seguida para os vendedores. Na última hora, desmarcou almoço no "Brasil", alegando ter perdido o apetite após pães e caldo.

Maria Vitória Domingues, 61, responsável pela barraca portuguesa, pediu a Marta, sem sucesso, uma doação de R$ 1.000. Segundo ela, os 150 kg de bacalhau que seriam consumidos na festa custaram R$ 4.000, mas só foram arrecadados R$ 3.000. Indagada pelos jornalistas em quem votou na última eleição, Vitória barganhou: "Eu não voto, mas arrumo quem vota".

Marta foi abordada na rua pela copeira Carmen Maria Correa da Silva, 61, que procura emprego, segundo ela, há mais de seis meses. Ao falar com Marta, Carmen chorou. A copeira depois disse que a candidata nada prometeu, apenas comentou que a situação era "mesmo difícil".

domingo, 6 de julho de 2008

Com 38%, Marta lidera disputa em SP; Alckmin tem 31%

da Folha Online

Pesquisa Datafolha mostra que a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) lidera as intenções de votos à Prefeitura de São Paulo com 38%. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) está em segundo lugar com 31%. A íntegra da reportagem disponível para assinantes do UOL e do jornal.

O atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM), aparece em terceiro lugar, com 13%, seguido pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP), com 8%.

O levantamento, realizado entre os dias 3 e 4 de julho, ouviu 1.085 moradores de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 3% pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa mostra que caiu a vantagem do PSDB sobre o PT no 2º turno das eleições (íntegra disponível para assinantes). Alckmin e a ex-prefeita estariam tecnicamente empatados num eventual segundo turno, se as eleições fossem hoje --ele com 50% dos votos contra 45% dela.

Num segundo turno contra Kassab, Marta derrotaria o prefeito por 55% a 36%, enquanto Alckmin venceria com 59% a 25%.

Eleições

O prazo final para os partidos e coligações apresentarem o registro de candidatos para as eleições 2008 terminou na noite deste sábado (5) e a partir de hoje os candidatos dão início às atividades de campanha, inclusive comícios.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo informou que sete candidaturas a prefeito foram registradas. Além de marta, Alckmin, Kassab e Maluf, disputam a prefeitura Ivan Valente (da coligação entre PSOL e PSTU), Edmilson Silva Costa (PCB) e Renato Reichmann (PMN).

A lei eleitoral prevê que coligações, partidos políticos e candidatos possam, a partir de hoje, realizar comícios e se valer e carros de som para divulgação de campanhas.

Desde ontem também está vetada a participação de candidatos a prefeitos e vice em inaugurações de obras públicas, medida que atinge o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Eleito como vice em 2004 na chapa encabeçada pelo então candidato a prefeito e hoje governador, José Serra (PSDB), Kassab disputará sua primeira eleição a um cargo majoritário.

Estão sendo disputados nas eleições de outubro 5.563 cargos de prefeito, com o mesmo número de vices, e cerca de 52 mil vagas de vereadores.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Vereadores do PSDB esvaziam campanha de Kassab em troca de apoio de Alckmin

da Folha Online

Os vereadores do PSDB que defenderam o apoio do partido à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) já começaram a planejar sua campanha em torno do candidato do partido, Geraldo Alckmin (PSDB), deixando o democrata sem o apoio formal de alguns de seus principais aliados.

Como primeiro ato de campanha, no domingo (6), Alckmin foi convidado a participar de uma reunião com lideranças de bairro no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, ao lado do vereador Juscelino Gadelha (PSDB), que tentará a reeleição. Apesar de ainda não ter confirmado presença, o ex-governador deve comparecer.

Na tarde do mesmo dia, o vereador José Rolim (PSDB) deve recepcionar Alckmin em um encontro de bairro na zona sul. Outros vereadores tucanos, como Adolfo Quintas, Mara Gabrilli e Gilson Barreto, também já teriam procurado o candidato tucano para poder alinhar suas campanhas à do ex-governador.

Questionado sobre o assédio da ala que defendeu uma chapa pró-Kassab na convenção do partido, Alckmin não escondeu o entusiasmo. "Até já gravei com um, ele me procurou para gravar para poder passar na reunião dele", afirmou o ex-governador, referindo-se ao próprio Rolim.

Até o vereador Gilberto Natalini (PSDB), um dos principais representantes da ala pró-Kassab no PSDB, afirma que seguirá a determinação do partido, apesar de admitir que não deve abandonar por completo o atual prefeito. "O problema nosso é o problema que nós já tínhamos explicado para o governador [ex-governador Alckmin]: os vereadores são parte importante da articulação política deste governo."

Ele não descarta participar de eventos da prefeitura ao lado de Kassab, mas também admite que deve subir no palanque com Alckmin. "Nós somos partidários. Vamos apoiar o candidato do partido na amplitude", afirmou.

O coordenador da campanha de Alckmin, o deputado federal Edson Aparecido (PSDB), afirma que já conversou com todos os vereadores e vê como positivo a aproximação dos vereadores. "Há um sentimento partidário muito forte. A aproximação aconteceu de forma bastante rápida", disse.

Na noite desta quinta-feira, a bancada do PSDB na Câmara Municipal se reuniu para tentar definir como será a campanha com o candidato do partido. O resultado final deste encontro, no entanto, ainda deve depender de reuniões com a cúpula tucana.

domingo, 29 de junho de 2008

Com Aldo como vice, PT e PC do B oficializam candidatura de Marta em São Paulo

colaboração para a Folha Online

Após a adesão do bloquinho de esquerda à candidatura petista, o PT e o PC do B lançam oficialmente a candidatura de Marta Suplicy (PT), ex-prefeita e ex-ministra de São Paulo, à Prefeitura da capital paulista, com o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B) na vaga de vice da chapa "Uma nova atitude para São Paulo". As convenções dos partidos acontecem neste domingo.

O PT espera cerca de 3 mil militantes em sua convenção, programada para às 15h, na qual devem ser oficializados também os nomes dos candidatos à Câmara Municipal de São Paulo.

A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa hoje de evento na região do ABC, ainda não está confirmada.

Diferentemente das outras grandes legendas, que promoveram seus encontros ou na Assembléia Legislativa ou na Câmara, o PT alugou um centro de exposições na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Pela manhã, Marta participa ainda da convenção do PRB (Partido Republicano Brasileiro), que acontece no plenário da Câmara Municipal, e da convenção do PC do B, partido do vice Aldo Rebelo, realizada no Sindicato dos Metroviários.

Neste sábado, PSB e PDT também oficializaram seu apoio ao lançamento da candidatura de Marta. Com a coligação, a pré-candidata terá o segundo maior tempo na TV para propaganda eleitoral gratuita. Segundo a ex-ministra, a bandeira da campanha deve ser a da "inclusão social", sendo que o transporte público e o trânsito encabeçarão as propostas para a cidade.

Por lei, a Justiça Eleitoral somente aceitará o registro de candidato escolhido em convenção. O prazo para registro vai até o próximo dia 5 de julho, que deve ser feito junto ao juiz eleitoral local.

sábado, 28 de junho de 2008

Em convenções, PDT e PSB oficializam apoio à candidatura de Marta

Um dia após anunciarem a formalização da coligação entre os partidos do bloquinho --PSB, PDT, PC do B e PRB-- em torno da candidatura da petista Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, o PDT (Partido Democrático Trabalhista) e o PSB (Partido Socialista Brasileiro) oficializam neste sábado o apoio à chapa "Uma nova atitude para São Paulo".

As convenções dos partidos acontecem na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo), com início programado para o período da manhã. A pré-candidata Marta Suplicy participa das duas convenções dos partidos aliados.

Além da oficialização do apoio à chapa de Marta, os partidos devem indicar os nomes dos candidatos à Câmara Municipal de São Paulo.

Por lei, a Justiça Eleitoral somente aceitará o registro de candidato escolhido em convenção. O prazo para registro vai até o próximo dia 5 de julho, que deve ser feito junto ao juiz eleitoral local.

Neste domingo, é a vez de o PT, PC do B e PRB realizarem suas convenções partidárias e oficializarem o lançamento da candidatura de Marta e do deputado Aldo Rebelo, que assumiu a vaga de vice.


colaboração para a Folha Online

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Após bater Kassab em disputa interna, Alckmin foca confronto com Marta

THIAGO FARIA
da Folha Online

O ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, já definiu qual será seu principal adversário na campanha eleitoral deste ano: a ex-prefeita da cidade, Marta Suplicy. De acordo com a última pesquisa Setcesp/Ibope divulgada na quarta-feira (25), o tucano e a petista estão tecnicamente empatados na liderança da corrida eleitoral na cidade.

"Para mim está bastante claro que a disputa mais difícil é com o PT", afirmou o tucano em visita a uma feira do setor de comércio que acontece na zona norte de São Paulo.

O ex-governador disse não se sentir ameaçado pela superexposição do atual prefeito e candidato do DEM à reeleição, Gilberto Kassab, que participa de eventos e inaugurações da prefeitura da cidade quase diariamente. "É natural que todos os candidatos procurem se expor, procurem buscar votos", afirmou Alckmin.

Mesmo que indiretamente, o democrata ameaçou a candidatura de Alckmin antes de ser oficializada na convenção do PSDB, no último domingo (22).

Uma ala do partido defendia que o PSDB apoiasse a candidatura de Kassab em favor da atual aliança dos dois partidos na administração municipal, abdicando de lançar candidatura própria.

O apoio a Kassab seria, inclusive, levado para votação na convenção do partido. No entanto, por pressão dos defensores da candidatura de Alckmin e do governador José Serra (PSDB), a ala dos tucanos kassabistas retirou a chapa um dia antes de acontecer a disputa interna, deixando o caminho livre para a candidatura de Alckmin.

Campanha

Alckmin disse que deve definir até segunda-feira (30) todos os nomes que farão parte de sua campanha em São Paulo. O candidato já definiu que o deputado Edson Aparecido (PSDB) ficará com o cargo de coordenador de campanha.

O marqueteiro Lucas Pacheco será o coordenador de comunicação, substituindo o jornalista Luiz Gonzales, que acompanhou Alckmin em suas últimas campanhas, mas neste ano deve trabalhar para o candidato dos democratas.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Com apoio do bloquinho, Marta tem 2º maior tempo na TV

PCdoB, PSB, PDT e PRB fecharam com a candidata do PT à Prefeitura de SP; tempo só é menor que de Kassab

Carmen Munari, da Reuters

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SÃO PAULO - Os partidos PCdoB, PSB, PDT e PRB, reunidos no bloco de esquerda, fecharam apoio à candidatura de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo e fazem anúncio público na sexta-feira. Devem estar presentes presidentes e líderes das legendas. Com o acordo, Marta terá cerca de 7 minutos no horário eleitoral gratuito da TV, o segundo maior tempo depois do prefeito Gilberto Kassab (DEM).


Após negociações demoradas, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) concordou em ocupar a vice na chapa encabeçada por Marta, abdicando da candidatura própria. Os dois tiveram encontro nesta quinta-feira para acertar as arestas da adesão, de acordo com a assessoria de Aldo. O presidente do diretório municipal do PDT, vereador Claudio Prado, afirmou que, além de questões específicas de programa, as siglas pretendem participar da gestão da cidade, ocupando secretarias e outros órgãos.


"Ao fazer o acordo com o PT nós queremos, se ganharmos, ajudar a administrar a cidade. Queremos estar no primeiro escalão do governo", disse Prado à Reuters. O PSB foi o último a ser convencido. A sigla quer discutir a recriação de uma empresa municipal de ônibus e a aprovação de uma lei para a educação que sirva de diretriz para os próximos mandatos.


Os partidos acertaram também a participação na condução da campanha, o que será atendido com a criação de um conselho político.

Uol Notícias

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Quem comanda a cidade hoje são as grandes corporações, diz Ivan Valente

RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo

Candidato a franco-atirador da eleição paulistana, o deputado federal Ivan Valente (PSOL), 61, diz que vai compensar o seu minúsculo tempo de TV com a participação nos debates, quando, afirma, pretende mostrar que os principais candidatos não têm propostas estruturantes para a cidade.

Fundador do PT e por 23 anos membro de seu diretório nacional, Valente rompeu com o partido em 2005.

Segundo a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 de maio, Valente tem 1% das intenções de voto. Ele apresenta propostas como a renegociação da dívida do município, mais verbas para a educação e uma "inversão de prioridades".

FOLHA - O sr. acredita realmente que pode ir ao segundo turno, ou a candidatura é para marcar posição?

IVAN VALENTE - A candidatura é pra valer, para mostrar que somos o único partido que tem diferenças efetivas com os blocos que estão aí. Vamos fazer um desafio público aos candidatos, para que adotem o teto público de campanha. E fica proibido receber da iniciativa privada.
Eu acho que a imprensa deveria fazer campanha por essa proposta se ela fosse coerente com o que todo dia publica. É a raiz da corrupção. Você quer um escândalo maior do que que a queda do metrô de São Paulo. As cinco maiores empreiteiras que estão lá financiaram todos os grandes candidatos. E também vamos recolocar um problema abandonado pelo PT e que nunca foi adotado pela direita clássica, que é fazer um debate completo do orçamento com a população. É preciso uma inversão de prioridades.
Quem comanda a cidade hoje são as grandes corporações. A cidade de São Paulo precisa de um choque de universalização de direitos. A saúde pública e a educação pública estão totalmente sucateadas. E não ouço nenhum candidato falar que vai renegociar a dívida pública da cidade, nós vamos fazer isso.

FOLHA - O Itamar Franco tentou em Minas e teve os repasses federais retidos.

VALENTE - Aí é que está a questão. Isso tem que ser submetido à população de São Paulo. Há espaço, precisa ter coragem.

FOLHA - Em caso de vitória, o sr. acha possível governar São Paulo com o apoio apenas do PSTU?

VALENTE - Quando uma campanha engloba a sociedade, você ganha um grande respaldo e apoio popular. O maior crime do governo Lula foi desmobilizar a força social de mudança e a esperança que ele despertou. Mesmo no PT e em outros partidos teria muita gente que gostaria de governar com o verdadeiro programa do partido, aquele que o governo abandonou. Aqui em São Paulo, no tempo da Erundina, o PT chegou nessa encruzilhada quando os vereadores tramaram o impeachment da Erundina. O PT teve que decidir entre molhar a mão dos vereadores, ceder às chantagens ou levar 30 mil pessoas para a porta da Câmara. Felizmente naquele momento ganhamos dentro do PT.

FOLHA - Quem no PT defendia "molhar a mão" dos vereadores?

VALENTE - Molhar a mão é atender as demandas, entrar no jogo do clientelismo. Dá pra governar com o movimento popular organizado.

FOLHA - E como o sr. espera apresentar todas essas propostas com o minúsculo tempo de TV do PSOL?

VALENTE - Tem os debates também, é aí é que a cobra vai fumar. Temos um diferencial, que se chama militância política. Eles têm os cabos eleitorais. Nós vamos fazer a diferença na rua. Nos debates vamos apresentar propostas para São Paulo, mas vamos explicitar que os candidatos que estão aí tentam a manutenção do poder a todo custo, que não têm proposta estruturante para São Paulo. A maioria dos candidatos está fazendo um trampolim para ir adiante. Nós queremos governar São Paulo para valer.

FOLHA - A candidatura do sr. também não é um trampolim para sua reeleição como deputado?

VALENTE - Mas isso é o natural, o PSOL está na rua diariamente, independentemente da campanha.

FOLHA - O que o sr. acha da candidatura de Heloísa Helena a vereadora em Maceió?

VALENTE - Isso visa manter a visibilidade dela, mas isso não quer dizer que ela não vá ajudar nacionalmente as outras candidaturas. É ter um mandato para depois alavancar.

FOLHA - O que o sr. pretende fazer na sua área, que é a da educação?

VALENTE - Quero dizer que a Marta Suplicy expulsou do partido, ela e a bancada, o Carlos Gianazzi, que é meu vice, porque eles mudaram a lei orgânica do município para diminuir a verba da educação. O Serra e o Kassab, gostaram da história e não mexeram. Então, a primeira coisa que eu vou fazer é passar para 30%, mandar uma lei mudando a lei orgânica.

FOLHA - Quais as propostas do sr. para o trânsito?

VALENTE - Quero perguntar aos partidos políticos que foram governos por que eles deram incentivos fiscais à indústria automobilística. Quem disser que vai resolver o problema do trânsito sem um planejamento de 12, 15 anos, está mentindo. Entre fazer a ponte estaiada [Octavio Frias de Oliveira], de R$ 200 milhões, e construir creches, casas populares, postos de saúde, faria outra opção.

Folha Online

domingo, 22 de junho de 2008

Fim da novela: Alckmin é o candidato tucano em São Paulo

Da Redação
Em São Paulo
Uol Notícias


O ex-governador Geraldo Alckmin é o candidato do partido às eleições para a prefeitura de São Paulo. Uma prévia feita por alckmistas e a organização da convenção garantem a vitória do candidato. De um total de 1.344 convencionais, 1.164 compareceram. O resultado oficial deve sair no final da tarde. Com a decisão deste domingo (22), chega ao fim a "novela" que foi a escolha do candidato tucano.

Alckmin chegou à convenção acompanhado apenas pela mulher, Maria Lúcia. Alguns membros do partido esperavam que o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estivessem ao lado de Alckmin em sua chegada.

Ele negou que sua candidatura concretize um racha dentro do PSDB. "É natural que dentro de um partido grande como é o PSDB exista divergência de pensamentos. O tempo da divergência acabou. Agora todos estarão unidos em minha campanha", disse Alckmin.

Em relação à ausência de Serra, o candidato minimizou. "Não tenho nenhuma divergência com José Serra. Eu sempre o apoiei e sei que ele me apoiará agora. Nossa divergência é apenas de fuso horário", disse.

Partido rachado

Quando decidiu sair candidato a prefeito, em meados do ano passado, Alckmin deflagrou uma disputa dentro do PSDB, que acabou dividido entre a sua candidatura e o apoio à reeleição do prefeito Gilberto Kassab.

Os alckmistas, liderados pelos deputados federais Silvio Torres e Edson Aparecido, de um lado, e os tucanos que apóiam o prefeito, liderados pelo vereador Gilberto Natalini e o secretário de Esportes, Walter Feldman, de outro lado, protagonizaram um racha que pode ter conseqüências nas eleições de 2010 para governador e presidente.

Para piorar, um fato ocorrido na última quinta-feira (19) -uma denúncia de aliciamento de delegados do partido- agravou ainda mais a péssima relação entre as duas alas.

Pedro Vicente, alckmista e presidente do diretório do PSDB no Jardim São Luís, zona Sul de São Paulo, afirmou que recebeu uma proposta de R$ 100 mil "da parte de vereadores do PSDB" para assinar a lista em favor da chapa encabeçada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

A denúncia caiu como uma bomba. Tucanos saíram em revoada. Era preciso um bombeiro para apagar o incêndio. E foi o que aconteceu na noite de sábado (21).

Um acordo costurado pelo governador José Serra baixou, pelo menos por enquanto, a temperatura do clima quente entre tucanos. Temendo ser responsabilizado pela derrota de Alckmin e até mesmo por um quebra-quebra na convenção, Serra deu ordem a seu grupo para que desistisse da disputa na convenção. Disse que o embate se daria nas urnas.

Os tucanos que apoiavam Kassab obedeceram e se retiraram, apesar de contrariados com a decisão. O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, disse, na manhã deste domingo, que será impossível os secretários tucanos, que fazem parte do governo Kassab, caminhar junto a Alckmin nestas eleições.

A partir de agora o discurso oficial será o da união. Mas daqui a 2010 muita água ainda vai rolar nesse oceano que separa Alckmin de Serra.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Alckmistas se dizem "prontos para briga" e reclamam de ingerência externa no PSDB

THIAGO FARIA
da Folha Online

Os tucanos que defendem a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Prefeitura de São Paulo dizem não temer uma possível disputa entre duas chapas na convenção do partido, marcada para o próximo domingo (22). Nesta terça-feira (17), a bancada tucana da Câmara dos Vereadores apresentou ao diretório municipal do partido um abaixo-assinado pedindo o apoio da sigla à reeleição do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM).

Segundo o deputado federal Júlio Semeghini (PSDB), ainda cabe a Executiva Nacional do partido decidir se vai aceitar ou não a possibilidade de uma aliança com os democratas, mas, caso o partido não vete, Alckmin está pronto para a disputa interna. "A gente já está preparando uma votação com as duas chapas para a convenção, embora não quer dizer que isso vá acontecer", afirmou.

O deputado Edson Aparecido (PSDB), que também apóia a candidatura de Alckmin, se diz confiante caso haja a disputa na convenção. "Estamos trabalhando para não ter disputa, mas, se tiver, a chapa com o apoio a candidatura do ex-governador deve ter em torno de 900 a 1000 votos. Nós estamos tranqüilos".

Ele reclama da intromissão de pessoas de fora do partido nos assuntos internos e rebateu as insinuações de Kassab, que invocou a democracia ao ser questionado sobre a restrição do PSDB a vereadores que não apóiem a candidatura Alckmin. "O que o PSDB não vai permitir é a ingerência externa de qualquer natureza no partido, isso não é democracia", disse Aparecido.

Semeghini também se mostrou irritado com a ingerência de fora do partido. "O que está acontecendo agora não é uma disputa dentro do partido, é uma disputa de forças políticas de outros partidos dentro de nossa disputa interna", afirmou.

Os deputados dizem acreditar que a Executiva Nacional vá vetar a chapa pró-kassab, optando pela candidatura própria. A decisão deve acontecer até as 12h do sábado (11), um dia antes da convenção.

terça-feira, 17 de junho de 2008

PSDB decide candidatura em São Paulo no próximo domingo - Por Belmonte



O PSDB realiza convenção no próximo domingo dia 22 para definir a sua candidatura à prefeitura de São Paulo. O clima que já está tenso entre os grupos que defendem a candidatura de Geraldo Alckmin e aliança com os democratas de Gilberto Kassab, deve piorar muito nos próximos dias. Não há mais acordo possível e como se diz no mundo político “vão bater chapa” no próximo sábado. Os defensores da dobradinha com o DEM garantem que já tem o número de delegados suficientes para colocar a possibilidade da aliança na cédula. Alckmin, por sua vez, assegura que isso é pouco importante e ameaça em caso de vitória com a retirada da legenda dos vereadores favoráveis a Kassab. Tudo parte da pressão política comum quando o acordo fica distante. Mais uma vez, como já ocorreu na última eleição presidencial, o PSDB parece disposto a dar um tiro no próprio pé. As principais lideranças tucanas no estado, José Serra e Geraldo Alckmin, ficam de lados opostos e são seguidos por tucanos com menos habilidade política e dispostos a tudo para conseguirem a vitória. O jogo nos bastidores fica pesado, com estratégias nem sempre diplomáticas, que deixam feridas abertas impossíveis de serem fechadas até as eleições.

(Do Blog do Carlos Belmonte)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

PPS oficializa candidatura de Soninha à prefeitura de SP

SÃO PAULO (Reuters) - O PPS oficializou no domingo a candidatura da vereadora e comentarista esportiva Soninha Francine à prefeitura de São Paulo. Apesar de assediado pelo DEM e pelo PSDB, aliados em outras disputas, o partido optou pela candidatura própria.

"Queremos ter uma candidatura propositiva para São Paulo", disse o presidente do diretório municipal do PPS, Carlos Fernandes.

O partido fez duas tentativas anteriores de entrar na disputa paulistana que não foram adiante. Na última eleição, em 2004, o deputado Arnaldo Jardim acabou desistindo em apoio ao então candidato a prefeito José Serra (PSDB), que também recebeu a adesão da sigla em sua eleição para governador dois anos depois.



Fernandes evita falar em apoio no segundo turno deste ano, mas admite a identidade mais próxima com PSDB e DEM.

Soninha, que trocou o PT pelo PPS depois de eleita vereadora, chegou de bicicleta à Câmara de Vereadores onde se realizou a convenção do partido em uma forma de chamar a atenção para o debate sobre o trânsito da cidade.

Com 3 por cento de intenção de voto na mais recente pesquisa Ibope, ela terá como vice o cineasta João Batista de Andrade, autor de "Doramundo" e "O Homem que Virou Suco". O cineasta foi secretário estadual de Cultura na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Já estão formalizadas também as candidaturas de Gilberto Kassab (DEM) e Paulo Maluf (PP).

(Reportagem de Carmen Munari)

UOL NOTÍCIAS

domingo, 15 de junho de 2008

Alckmin nega racha no PSDB e manda recado a Kassab

DEH OLIVEIRA
colaboração para a Folha Online

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo que seu partido "não está rachado", apesar do apoio de aliados do governador de São Paulo, José Serra, também tucano, à candidatura do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

"Não vejo nenhum problema de as pessoas participarem de outras convenções, é civilidade", disse Alckmin. A convenção que oficializou a candidatura do democrata, ontem, teve a presença dos tucanos Walter Feldman, secretário de Esportes de Kassab e do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, que falou em nome de Serra (e acabou chamando Kassab de Alckmin).

"O partido não está rachado. Não tenho dúvida de que depois do dia 22 [de junho, data da convenção do PSDB], o partido estará unido para trabalhar por São Paulo", disse Alckmin na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, onde foi assistir ao jogo da seleção brasileira contra o Paraguai.

Ontem, Kassab alfinetou Alckmin em seu discurso na convenção democrata. "Todos sabem que não se trata de projeto pessoal [a candidatura]. E quem é político responsável sabe a importância de esquecer as vaidades e os projetos pessoais quando se trata de preservar alianças, agir com lealdade", afirmou.

Questionado, Alckmin não respondeu diretamente, mas também mandou recado ao atual prefeito. "O PSDB sempre teve candidato a prefeito de São Paulo", disse. "A possibilidade de aliança com o DEM no primeiro turno existe, desde que o DEM não tenha candidato. Nós, esses meses todos, procuramos fazer alianças", afirmou o tucano.

A possibilidade de alianças futuras, no entanto, não foi afastada por Alckmin. "Eu não vejo [Kassab] como adversário. Nós vamos estar juntos lá na frente, trabalhando por São Paulo", disse.

Continuidade

Alckmin disse que, se eleito, não sairá da prefeitura para concorrer ao governo do Estado ou à Presidência, como fez José Serra em 2006. "Se não fosse pra ficar os quatro anos, eu não seria candidato a prefeito", disse.

Com Folha de S.Paulo

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Escolha do vice de Marta vira briga doméstica do PT (Blog do Josias)




Alan Marques/Folha
Subiu no telhado o plano de acomodar um empresário na chapa de Marta Suplicy. A disputa pela vaga de vice converteu-se numa disputa doméstica do PT.



Nascera na direção do partido a idéia de dar à candidata petista um vice com capacidade para cavar votos na classe média.



Ouvido, Lula encantara-se com a iniciativa. Especulara-se sobre nomes. Na composição do perfil ideal, chegara-se a Lawrence Pih, dono do Moinho Pacífico.



Súbito, surgiram os narizes torcidos. Dá-se de barato que Marta, se eleita, não cumprirá o mandato até o fim. Disputará o governo estadual ou o Planalto, em 2010.



Ou seja, a posição de vice é ouro político. Quem vier a ocupá-la pode herdar, em dois anos, o controle do maior orçamento municipal da República.



Por ora, engalfinham-se pelo posto dois expoentes petismo ligado a Marta: o deputado federal Jilmar Tatto e o deputado estadual Rui Falcão.



A ala de Arlindo Chinaglia tenta animar o presidente da Câmara a entrar na refrega. E um pedaço do partido, minoritário, empenha-se pela solução externa.



A decisão terá de ser tomada até o final do mês.

Escrito por Josias de Souza às 01h29

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Com ou sem alianças, Marta disputa prefeitura de SP




Candidata petista ainda não formou nenhuma parceria

Kassab anuncia nesta 2ª adesão do PR à sua coligação

Alckmin diz à direção do tucanato que fechou com PTB



Nos subterrâneos, a ministra Marta Suplicy (Turismo) age como candidata. Já discutiu a conjuntura paulistana com Lula. Reúne-se com operadores do PT pelo menos uma vez por semana. Encontra-se em segredo com lideranças de outros partidos.



Em público, porém, Marta jamais declarou que vai disputar a prefeitura de São Paulo. Evita ser peremptória. Vale-se de meias palavras. Diz que, até junho, é ministra. Empurra a eliminação da dúvida para o meio do ano.



Nos últimos dias, às voltas com dificuldades para compor alianças com outros partidos, a candidatura não-declarada de Marta passou a ser assediada por uma especulação. Sem uma coligação que lhe ofereça um tempo confortável de propaganda na TV, a ministra poderia desistir de ir às urnas.



“Não há hipótese de isso acontecer”, disse ao repórter um dos petistas que negociam apoios em nome de Marta. “A candidatura dela é irreversível.” Para o PT, a eleição de São Paulo será uma disputa em dois turnos.



Escorado em números de pesquisas, o petismo avalia que, ainda que concorra sozinha, sem aliados, a ministra do Turismo vai ao segundo turno. Uma fase em que os dois candidatos finalistas disporão de tempo de propaganda igual. “O segundo turno é uma outra eleição”, afirma o negociador de Marta.



Nesta segunda-feira, para desassossego do PT, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que disputa a reeleição, anuncia a incorporação de um novo vagão à sua locomotiva partidária. Engancha-se à máquina eleitoral de Kassab o PR. Incorpora-se a uma composição que já inclui, além do DEM do candidato, o PMDB e o PV.



Todos os aliados de Kassab são, em Brasília, sócios do consórcio partidário de Lula. O que não os impediu de dar uma banana para o PT na cidade de São Paulo. Para complicar, também o PTB, outra legenda que dá suporte legislativo a Lula, vai aos braços da oposição.



Neste final de semana, o candidato tucano Geraldo Alckmin informou a integrantes da direção nacional do PSDB que já fechou com o PTB. O anúncio da parceria é ensaiado para os próximos dias. Sem alternativas à vista, Alckmin aceitou entregar o posto de vice na sua chapa a um petebista. Deve ser o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).



Em movimentação sôfrega, o PT volta-se para as legendas do chamado “bloquinho de esquerda”: PSB, PC do B e PDT. São, por assim dizer, as últimas bolachas do pacote partidário de São Paulo. Exceto pelo PDT, que balança, PSB e PC do B mantêm, por ora, a resistência à composição com Marta.



Com o apoio de um José Serra (PSDB) escondido atrás de manto cada vez mais diáfano, o prefeito Kassab dá um baile nos concorrentes. Amealhou formidáveis 19 minutos de TV, para vender o seu peixe aos eleitores. Esse tempo está distribuído em dois blocos de 8 minutos e meio –um pela manhã e outro à noite.



Fechando com o PTB, Alckmin sobe dos atuais seis minutos diários para algo como dez minutos. Quanto a Marta, a menos que consiga adensar sua candidatura, vai à campanha com o menor tempo de propaganda: cerca de oito minutos.



Se conseguir resistir ao assédio do PT, o bloquinho pode pôr de pé uma candidatura com poucas chances eleitorais, mas com o mesmo potencial televisivo de Marta. Juntos, PSB, PC do B e PDT também dispõem de algo como oito minutos diários. Tempo que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), um ávido pré-candidato à prefeitura, tenta usufruir.



Sozinha, a propaganda de TV não ganha eleição. É preciso considerar o potencial do candidato, a mensagem dele e a qualidade das peças publicitárias. Mas não há dúvidas de que, cavalgando diariamente 19 minutos, o ‘demo’ Kassab, terceiro colocado nas pesquisas, pode fazer um estrago nos quintais de Marta e, principalmente, de Alckmin.



Segundo o último Datafolha, a petista e o tucano roçam cotovelos no topo. Ela em alta, com 29%. Ele em baixa, com 28%. Kassab, com seus 13%, vem muito atrás. Nesta fase da disputa, para firmar-se como candidato competitivo, tudo o que o prefeito precisava era assegurar um bom tempo de TV. Conseguiu. Com uma locomotiva de quatro vagões, Kassab entra na campanha em alta velocidade.

Escrito por Josias de Souza às 02h25

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Blog do Josias: PT pede socorro a Lula para montar coligação de SP

01/05/2008 - 06h01

A direção do PT pediu socorro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo que o presidente entre no jogo eleitoral paulistano para convencer os "aliados" de Brasília a integrar a coligação de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, informa o blog do Josias de Souza.

O partido argumentou que a entrada em cena do presidente é o único modo de o PT se contrapor à movimentação do governador tucano José Serra, empenhado em reeleger o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Depois de perder o PMDB para a campanha de Kassab, o PT vê cada vez mais distante uma composição com o PR, que também pende para um acerto com o DEM.

Na semana passada, o presidente estadual do PMDB, Orestes Quércia, anunciou um acordo para apoiar a reeleição do prefeito paulistano em troca do apoio da oposição em sua candidatura ao Senado, em 2010.

O PR era, depois de Quércia, a aposta que o partido de Lula considerava mais segura para apoiar Marta.
Por sua vez, o chamado bloquinho (PSB, PCdoB e PDT) não sabe se lança uma candidatura própria ou se acerta com a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Apesar da "tucanagem", a candidatura de Alckmin poderá se viabilizar (Leia o Blog do Josias)


PSDB formaliza candidatura Alckmin em 5 de maio

Folha
Geraldo Alckmin acertou com a cúpula nacional e com a direção municipal do PSDB o dia do lançamento formal de sua candidatura ao cargo de prefeito de São Paulo. Será daqui a uma semana, em 5 de maio. Seu nome será aprovado em reunião da Executiva do partido na capital paulista.



Com isso, Alckmin pretende enterrar o falatório acerca da possibilidade de desistir da disputa. Nesta segunda-feira (28), para evitar que o diz-que-diz continue a alçar vôo nos sete dias que faltam para a reunião da Executiva, os partidários de Alckmin realizam um ato de apoio a ele. Será num auditório chamado “Espaço Veneza”, na região central de São Paulo.



As especulações que roem a postulação de Alckmin tonificaram-se na semana passada, depois que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) obteve o apoio do PMDB de Orestes Quércia. Sob aplausos invisíveis de José Serra. Embora tucano como Alckmin, Serra joga o seu prestígio na reeleição de Kassab.



Com o assentimento do candidato, o pedaço do PSDB que está com Alckmin prepara uma espécie de arapuca para Serra. Algo que force o governador a apoiar, ao menos em público, a opção partidária. Planeja-se o seguinte:



Depois de receber, finalmente, a chancela formal do PSDB paulistano, Alckmin será aclamado num ato público a ser realizado antes do fim de maio -espera-se que aconteça até o dia 20. A coisa foi concebia para transbordar as fronteiras de São Paulo.



A idéia é arrastar para o ato pró-Alckmin os principais grão-duques do tucanato – de Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra, a Sérgio Guerra, mandachuva de fato; de Arthur Virgílio, líder no Senado, a José Aníbal, líder na Câmara; de Aécio Neves, governador de Minas, a –surpresa (!), pasmo (!!), estupefação (!!!)—José Serra, chefe do Executivo paulista.



Em conversa com o repórter, um auxiliar de Serra brincou: “É preciso ver como vai estar a agenda do governador no dia do evento. A defesa dos interesses do Estado tem exigido do governador muitas viagens. Algumas delas para o exterior.”



A despeito do oba-oba urdido por Alckmin e seu grupo, o candidato tucano continua padecendo de graves fragilidades políticas. Vai à campanha tendo contra si as máquinas do Estado e do município. E faltam-lhe, por ora, aliados capazes de tonificar o seu tempo de TV.



Hoje, o tucano dispõe de escassos 3min de propaganda eleitoral. É menos da metade do tempo de publicidade de Kassab que, vitaminado pelo PMDB, levou ao embornal algo como 7min30s de tempo de TV. Alckmin precisa, desesperadamente, de alianças. Cobiça o PTB (2min de televisão) e o chamado bloquinho (PSB-PDT-PCdoB, 4min de propaganda). Este último é assediado também pelo PT de Marta Suplicy.



Neste domingo (27), Alckmin participou de missa em memória do padrinho político Mário Covas. Celebrou-a um pároco conhecido como padre Ticão. Era velho amigo de Covas, que costumava chamá-lo de "padre Pidão." Uma alusão aos pedidos de ajuda para obras sociais que o prelado custumava encaminhar ao Palácio dos Bandeirantes.



Se estivesse vivo, Covas teria feito aniversário de 78 anos em 21 de abril. Daí a missa. Além de Alckmin, compareceram familiares de Covas e políticos tucanos. Entre eles o deputado federal José Aníbal, líder da legenda na Câmara. Em conversa com o blog, Anibal disse ter encontrado um Alckmin animado com o desafio da campanha. Festejou a decisão de oficializar a candidatura em 5 de maio. "Esse ambiente de indefinição só interessa aos adversários", disse.

Escrito por Josias de Souza às 01h23

segunda-feira, 31 de março de 2008

Alckmin é pressionado pelo DEM; PSDB e PT já articulam alianças

31/03/2008 - 18h52

Por Carmen Munari

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-governador Geraldo Alckmin, virtual candidato tucano à prefeitura de São Paulo, continua sob pressão para manter a aliança com o Democratas. Nesta segunda-feira, ele recebeu o apelo do líder da bancada de vereadores do DEM, Carlos Apolinário, para dialogar com o prefeito Gilberto Kassab.

"Ele me garantiu que a ponte não está quebrada, que ainda que há possibilidade de conversa", disse Apolinário.

O vereador contou que o encontro, realizado no escritório de Alckmin, levou 40 minutos. "Fui conferir se ainda havia possibilidade de entendimento com Kassab", disse Apolinário, que agora vai relatar a conversa ao prefeito.

Kassabistas insistem no apoio dos tucanos à candidatura do prefeito na eleição deste ano, enquanto o movimento pró-Alckmin realizou um ato com cerca de 800 correligionários a favor de sua candidatura na semana passada.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, tentou colocar um ponto final na disputa ao afirmar que não havia mais entendimento e que cada partido vai sair com um candidato.

Alckmin, que divide a liderança da mais recente pesquisa Datafolha com a petista Marta Suplicy, começa a ter agenda de candidato e vai a Brasília dia 8 de abril para encontro com deputados tucanos, enquanto seus aliados iniciaram a articulação das coligações para a campanha, sem o DEM.

Edson Aparecido (SP), da bancada federal e um dos políticos mais próximos do ex-governador, afirma que os alvos principais são o PPS, PTB, PDT e PMDB. O objetivo é fechar os acordos até maio, mas, à exceção do PPS, os demais são da base de sustentação do governo Lula.

MARTA COM LULA

Os petistas miram o PR, o PCdoB e também o PMDB. "As conversas já existem", disse um parlamentar próximo às negociações.

O PT municipal começou a debater o plano de governo e realizou seminário neste sábado em que a militância optou pela área em que vai atuar para colaborar com o programa.

Após 14 dias em viagem à China, em atividades para promover o turismo nacional, Marta chega nesta terça-feira.

O principal compromisso da ministra do Turismo nesta semana será na sexta-feira, no Guarujá, litoral de São Paulo, quando lança a ampliação do programa Viaja Mais Melhor Idade, com o aumento do número de hotéis que concedem descontos a pessoas acima de 60 anos. No ato, ela conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marta recebeu o aval de Lula para se lançar candidata em meados de março. Ainda assim, não tomou uma resolução pública, enquanto o partido pressiona para uma decisão ainda em abril.

Kassab, em terceiro na pesquisa, tem mantido desde janeiro um ritmo de trabalho intenso. Há dias em que sua agenda tem quatro compromissos públicos. Seu principal alvo são as inaugurações de AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais).

UOL

domingo, 30 de março de 2008

Marta e Alckmin têm empate técnico em pesquisa em SP



30/03/2008 - 14h17

SÃO PAULO (Reuters) - A ministra do Turismo, Marta Suplicy, e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) aparecem tecnicamente empatados em pesquisa do Datafolha sobre a corrida eleitoral deste ano para a prefeitura de São Paulo.

Segundo o levantamento, publicado na edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo e realizado entre os dias 25 e 26 de março, Marta tem 29 por cento das intenções de voto contra 28 por cento do ex-governador.

Na pesquisa anterior, feita no dia 14 de fevereiro, Alckmin tinha 29 por cento da preferência do eleitorado, contra 25 por cento da ministra e ex-prefeita paulistana.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) teve oscilação positiva de 12 para 13 por cento, segundo o Datafolha, que também apontou o deputado federal Paulo Maluf (PP) caindo de 10 para 8 por cento da preferência do eleitorado, e a deputada federal e ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) indo de 8 para 7 por cento das intenções de voto. Os votos brancos e nulos somam 7 por cento.

O Datafolha ouviu 1.089 pessoas para o levantamento e também colheu a opinião do eleitorado em cenários sem a presença de todos os candidatos cotados a disputarem a eleição.

No cenário sem Maluf, Alckmin tem 30 por cento, seguido de perto por Marta que soma 29. Nessa hipótese, Kassab ficaria com 15 por cento e os votos brancos e nulos somariam 8 por cento.

Na eventualidade de Erundina não disputar a prefeitura, as posições dos dois líderes nas pesquisas se invertem e Marta soma 30 por cento, contra 29 do ex-governador. Kassab mantém os 15 por cento. Nesse caso, a soma dos votos brancos e nulos também é de 8 por cento.

Caso nem Maluf nem Erundina participem da disputa, o instituto aponta empate em 32 por cento entre Alckmin e Marta. Kassab aparece com 17 por cento da preferência. Brancos e nulos somam 9 por cento.

No levantamento realizado com resposta espontânea, Kassab ultrapassa Alckmin e fica na segunda posição com 11 por cento da preferência. Marta lidera com 15 por cento e o ex-governador ficaria com 8 por cento.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

APROVAÇÃO RECORDE

O Datafolha também realizou levantamento sobre a avaliação da gestão de Kassab, que apontou o prefeito com a maior aprovação desde a sua posse. O prefeito obteve 38 por cento de ótimo ou bom no levantamento de 25 a 26 de março, conta 35 por cento que lhe davam essa avaliação em 14 de fevereiro.

A pesquisa, que tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, também mostrou a avaliação regular caindo de 35 para 31 por cento e o percentual de eleitores que consideram a gestão do democrata ruim ou péssima subindo de 23 para 27 por cento.

A nota média dada ao prefeito, levantada pelo Datafolha numa escala de 0 a 10, caiu de 5,5 para 5.4.

(Texto de Eduardo Simões)